Computadores vestíveis ganham força na CES 2014; veja modelos
Nabu, da Razer, é um smartwatch com design discreto que apresenta
informações do smartphone em pequenas telas (Foto: Gustavo Petró/G1)
Feira apresentou pulseiras, relógios e até lentes de contato inteligentes. Aparelhos 'conversam' com smartphones e registram dados vitais.
Nos próximos meses de 2014, não estranhe se alguém com um relógio diferente, que tenha um display no lugar do visor de mostrar as horas, toque no aparelho ou fale com ele.
É que a onda dos computadores vestíveis, como os "smartwatches" (relógios inteligentes), já é uma realidade e irá levar a tecnologia e o fácil acesso à internet dos smartphones para acessórios que costumamos usar no dia-a-dia. Pelo menos é o que feira Consumer Electronics Show (CES) 2014, em Las Vegas, aponta como tendência para esse ano.
Os dispositivos variam entre pulseiras, relógios e até lentes de contato inteligentes. A Innovega aprofunda a experiência do Google Glass e leva a tecnologia vestível para dentro dos olhos. Em formato de lente e combinado com óculos, o iOptik faz do campo visual uma grande tela para aplicativos.
Já a pulseira Nabu, da Razer, quando chacoalhada, envia uma solicitação de amizade no Facebook a quem estiver por perto e usar o mesmo acessório.
Veja abaixo as principais novidades de computadores vestíveis da feira:
Razer Nabu chega em março nos Estados
Unidos (Foto: Gustavo Petró/G1)
Relógio futurista
O relógio inteligente mais interessante da feira é ainda um protótipo, mas tem um design bastante futurista e diferentes dos outros "smartwatches". Ele parece uma pulseira, o que deve atrair os jovens.
Feito de material flexível, o Nabu apresenta duas telas. A que fica na parte de cima da pulseira é bem pequena e mostra apenas um ícone, seja para avisar que o usuário está recebendo uma ligação ou se chegou um novo e-mail. Caso deseje ver mais detalhes do alerta, basta virar o pulso e visualizar a segunda tela, que é maior e apresenta o número do telefone e o título do e-mail, por exemplo.
Se duas pessoas estiverem usando o relógio, uma próxima da outra, é possível fazê-los interagir. Chacolhando o pulso, é possível mandar uma requisição de amizade pelo Facebook.
A bateria, segundo a Razer, pode durar até 10 dias. O Nabu está disponível para desenvolvedores por US$ 50. Para o consumidor, a previsão é que as vendas comecem nos Estados Unidos em março, mas o preço ainda não está definido.
Computador para os olhos
As lentes iOptik podem fazer com que o usuário consiga focar objetos próximos ou distantes com uma precisão além da visão humana. Combinada com um óculos especiais, a tecnologia simula a experiência do Google Glass, exibindo na "tela" aplicativos como os do Facebook, Instagram, WeChat, Maps ou Wikipedia.
Como os programas são exibidos no campo de visão do usuário, a Innovega argumenta que o iOptik chega para resolver uma limitação dos eletrônicos: a limitação das imagens às dimensões das telas.
Visão combinada das lentes de contato e óculos iOptik, sistema de
computador vestível da Innovega, apresentado na CES 2014 (Foto: Divulgação/Innovega)
Broche da Sony
Menor que um dedo mindinho, o Core, da Sony, talvez seja o menor computador vestível desenvolvido até agora e pode ser fixado em roupas como se fosse um broche.
A companhia não revelou todos os detalhes do aparelho, mas ele não só funcionará como um medidor de sinais vitais e atividades físicas como também vomo um armazenador de ações de seus usuários ao longo do dia, como as fotos tiradas.
Apesar de não ter deixado claro, a Sony tem planos de integrar o Core a pulseiras inteligentes ou a seus smartphones.
Core, da Sony, tem forma de broche e capta dados
sobre a atividade física (Foto: Divulgação/Sony)
Relógio elegante
O relógio inteligente Pebble Steel é quase um veterano entre tantas novidades debutando na CES 2014.
Segundo aparelho da Pebble, que apresentou seu primeiro modelo na edição de 2013 da feira, o relógio ganhou design refinado, que o distancia dos concorrentes. A tela de LED mostra mudanças de status e a memória interna dobrou para 8 MB.
No fim do mês, uma loja de aplicativos para o relógio será lançada junto com a chegada do Steel às lojas, por US$ 250. Apps do Foursquare e da ESPN já estão disponíveis para o acessório, que até roda uma versão do game "Tiny Wings".
Relógio inteligente Pine, da Neptunes, parece mais um smartphone
de pulso por conta de sua tela de 2,4 polegadas (Foto: Divulgação/Neptunes)
Smartphone de pulso
Com processador Snapdragon de 1.2 GHz (Gigahertz) e tela de 2,4 polegadas de TFT, o relógio inteligente Pine combina potência e resolução suficientes para que aqueles que o levem no pulso consigam jogar "Angry Birds".
Uma espécie de smartphone vestível, dado o tamanho da tela, o Pine possui até entrada para chips de telefone, o que dispensa integração com um aparelho móvel.
A câmera é VGA, competente para chamadas de vídeo, e é possível escolher entre a versão de 16 GB (US$ 335) e a de 32 GB (US$ 395). O Pine chega ao mercado norte-americano em março.
Pulseira para exercícios
A LG entrou na onda dos computadores vestíveis com a Fitness Band, uma pulseira que monitora o número de passos, as calorias queimadas e a distância percorrida.
Além de servir como um acessório para exercícios físicos, a pulseira, conectada a um iPhone ou smartphones que rodem o Android, pode exibir as ligações telefônicas e as mensagens recebidas. Além disso, é possível controlar aplicativos de música com a Fitness Band. Nos Estados Unidos, custará US$ 180.
Fitness Band é o primeiro computador vestível da LG e foi apresentada na
CES 2014 por Tim Alessi, diretor de desenvolvimento de novos produtos (Foto: Robyn Beck/France Press)
Discreto, mas pouco prático
O Galaxy Gear é o menos discreto dos relógios inteligentes e o que apresenta mais funções, embora a maioria delas não vá muito além de fotografar e fazer ligações pelo relógio – que se conecta ao "phablet" Galaxy Note 3.
A tela tem um tamanho razoável e apresenta ícones com boa definição, mas a resposta aos comandos deixa a desejar na navegação pelos menus. Fotografar com o Gear ainda não é prático, embora seja rápido acionar a câmera para obter uma imagem rapidamente.
O produto já esteja sendo vendido e é um bom conceito, mas ainda está longe de ser um produto final para o consumidor.
Relógio Inteligente Galaxy Gear vem em diversas cores (Foto: Divulgação/Samsung)
Pés no chão, hora na tela
O relógio inteligente da Qualcomm mantém os pés no chão em suas funções, diferentemente do Gear, e, por conta disso, é um produto superior. O design discreto não tenta fugir de um relógio digital tradicional e suas funções são simples e práticas.
O Toq mostra notificações de ligações telefônicas, mensagens de texto, e-mails e compromissos em uma tela colorida anti-reflexo. A resposta é boa aos comandos – também é possível tocar na pulseira para ativar a tela, o que evita deixar marcas de dedo.
Como destaque, o usuário pode usar uma série de configurações de tela que mostra as horas e as informações de modos diferentes.
Toq, relógio inteligente da Qualcomm, foi exibido na
CES 2014 (Foto: Gustavo Petró/G1)
Conectado, mas sem inteligência
A Casio apresentou uma versão do relógio G-Shock que não chega a ser inteligente mas, ao se conectar com um smartphone por meio de conexão Bluetooth, apresenta alertas simples, como o número de quem está ligando e se há mensagens a serem lidas.
Além disso, ele conta passos e permite configurar séries de exercícios usando seu dispositivo móvel. Desse modo, é possível preparar o relógio para apitar em determinados intervalos para, por exemplo, marcar o tempo de corrida e o de descanso.
Relógio G-Shock, da Casio, não chega a ser um computador vestível,
mas possui integração com smartphones (Foto: Gustavo Petró/G1)
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