Detentos faziam festa na penitenciária de Cucurunã
Objetos apreendidos. Foto: Elias Jr
O caos que se instalou na penitenciária de Pedrinhas, em São Luis, no Maranhão, é o reflexo da precariedade do sistema penal brasileiro em todo o país. De dentro das unidades prisionais, detentos de alta periculosidade comandam o tráfico de drogas, ordenam execuções de inimigos e aterrorizam a população inocente. Presos gozam de privilégios nos presídios de forma descarada, apesar das denúncias feitas quase que diariamente pela imprensa. Ninguém faz absolutamente nada para acabar com a boa vida desta horda dentro das penitenciárias. Das cadeias, presos se comunicam com parentes e amigos, além de utilizarem a internet para se conectar às redes sociais. Os criminosos passam o dia inteiro consumindo drogas e álcool numa clara demonstração de leniência e omissão das autoridades em reprimir essas regalias nocivas à sociedade brasileira.
Em Santarém, a situação não é diferente das demais unidades penais onde os presos ditam as regras. Aqui já houve registros de uso de telefone celular e exposição de imagens da área interna do Centro de Recuperação Agrícola ‘Silvio Hall de Moura’, em Cucurunã, nas páginas do Facebook, através do perfil de detentos. Churrascada regada a bebida e inúmeras tentativas de fugas também já ocorreram, bem como o tráfico de drogas e rebeliões, que são comuns. Nada disso é reprimido e as ações delituosas dentro daquela casa penal continuam.
O caso mais recente ocorreu na tarde desta quinta-feira (23), quando três presos do regime semiaberto foram flagrados numa comemoração em uma área do complexo penitenciário. Os detentos consumiam drogas e bebidas quando foram surpreendidos pelos agentes prisionais. O Grupo Tático Operação da Polícia Militar foi ao local para fazer a detenção dos internos e conduzi-los à 16ª Seccional Urbana de Polícia Civil. Com os detentos, os policiais apreenderam um aparelho celular, maconha, carregadores para telefone celular e uma caixa de som, que animava o ambiente. Pela transgressão, os presos Iram Batista Ferreira, Elivaldo José Caetano e Agil Solivam Silva passaram do regime semiaberto para o regime fechado.
A Superintendência do Sistema Penal do Estado (Susipe) determinou a abertura de uma sindicância interna para apurar se houve negligência de agentes prisionais no caso.
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