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O que é Síndrome de Down?

Roseléia Blecher, professora, e seu aluno Benjamin Saidon,
 portador de Síndrome de Down, da Nova Escola Judaica Bialik Renascença.
A Síndrome de Down é definida por uma alteração genética caracterizada pela presença de um terceiro cromossomo de número 21, o que também é chamado de trissomia do 21. Trata-se de uma deficiência caracterizada pelo funcionamento intelectual inferior à média, que se manifesta antes dos 18 anos. Além do déficit cognitivo e da dificuldade de comunicação, a pessoa com Síndrome de Down apresenta redução do tônus muscular, cientificamente chamada de hipotonia. Também são comuns problemas na coluna, na tireoide, nos olhos e no aparelho digestivo. Muitas vezes, a criança com essa deficiência nasce com anomalias cardíacas, solucionáveis com cirurgias.

A origem da Síndrome de Down é de difícil identificação e engloba fatores genéticos e ambientais. As causas são inúmeras e complexas, envolvendo fatores pré, peri e pós-natais.

A Síndrome de Down na sala de aula

A primeira regra para a inclusão de crianças com Down é a repetição das orientações em sala de aula para que o estudante possa compreendê-las. "Ele demora um pouco mais para entender", afirma Mônica Leone Garcia, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. O desempenho melhora quando as instruções são visuais. Por isso, é importante reforçar comandos e solicitações com modelos que ele possa ver, de preferência com ilustrações grandes e chamativas, com cores e símbolos de fácil compreensão.

A linguagem verbal, por sua vez, deve ser simples. Uma dificuldade de quem tem a síndrome, em geral, é cumprir regras. "Muitas famílias não repreendem o filho quando ele faz algo errado, como morder e pegar objetos que não lhe pertencem", diz Mônica. Não faça isso. O ideal é adotar o mesmo tratamento dispensado aos demais. "Eles têm de cumprir regras e fazer o que os outros fazem. Se não conseguem ficar o tempo todo em sala, estabeleça combinados, mas não seja permissivo."

Mantenha as atividades no nível das capacidades da criança, com desafios gradativos. Isso aumenta o sucesso na realização dos trabalhos. Planeje pausas entre as atividades. O esforço para desenvolver atividades que envolvam funções cognitivas é muito grande. Às vezes, o cansaço da criança faz com que as atividades pareçam missões impossíveis. Valorize sempre o empenho e a produção. Quando se sente isolada do grupo e com pouca importância no trabalho e na rotina escolares, a criança adota atitudes reativas, como desinteresse, descumprimento de regras e provocações.

Dia Internacional da Síndrome de Down

Em 2006, a associação Down Syndrome International instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi escolhida por ser grafada como 21/3, que faz alusão à trissomia do cromossomo 21.


Discriminação contra as pessoas com síndrome de Down existe a muitos níveis - ONU

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, declarou hoje, por ocasião do dia mundial da síndrome de Down (Trissomia 21), que a discriminação contra as pessoas portadoras desta doença e suas famílias existe a muitos níveis.

“A discriminação contra as pessoas portadoras de síndrome de Down e as suas famílias existe a muitos níveis. Isto fere não apenas os indivíduos que são diretamente afetados, mas sociedades inteiras”, referiu Ban Ki-moon, numa mensagem hoje divulgada pela ONU.

De acordo com o secretário-geral da ONU, as pessoas com síndrome de Down, enfrentam muitas vezes o estigma, a segregação, a violência física e psicológica e a falta de igualdade de oportunidades.

“Um círculo vicioso de exclusão que pode começar cedo na vida de muitas crianças, visto que a muitas crianças com síndrome de Down é negado o acesso à educação regular, ou qualquer tipo de educação”, sublinhou.

Ban Ki-moon disse que lhes são negadas oportunidades de trabalho e são impedidas, muitas vezes, de participarem na vida política e no processo democrático.

“No dia 23 de setembro, a Assembleia-Geral irá convocar uma reunião de alto nível sobre a Deficiência e o Desenvolvimento para assegurar que as perspetivas das pessoas com deficiência, incluindo aquelas com síndrome de Down, sejam incluídas em todos os planos de desenvolvimento futuro”, acrescentou.

Segundo Ban Ki-moon, com as oportunidades e os apoios adequados todos os indivíduos que vivem com síndrome de Down podem atingir o seu potencial, realizar os seus direitos humanos em condições de igualdade com os outros e dar um contributo importante para a sociedade.

“Devemos, portanto, intensificar os nossos esforços para criar condições de formação que permitam a participação significativa de pessoas portadoras da síndrome de Down”, indicou.
“Trabalhando juntos, podemos ajudar a construir um mundo equitativo, justo e inclusivo, que celebre a diversidade, livre de discriminação, e que ofereça oportunidades iguais para todos”, sublinhou ainda o secretário-geral da ONU.

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