Segurança deve ser intensificada para coibir entrada de drogas e celulares

Susipe vai reforçar revistas de rotinas em penitenciária de Santarém. OAB promete apuração rigorosa de irregularidades constatadas.

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) deve reforçar as revistas de rotina para coibir a entrada de celulares, drogas e objetos proibidos em todos os presídios do estado. Em Santarém, oeste do Pará, em revistas realizadas no Centro de Recuperação Sílvio Hall de Moura foram encontradas diversas substâncias proibidas. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha as operações e também realizou vistoria na casa penal.

Na quinta-feira (23), três detentos do regime semiaberto foram encontrados consumindo drogas e bebidas alcoólicas nas proximidades da penitenciária. Eles estavam com um celular com antena, dois carregadores, tabaco, maconha e uma caixa de som. A corregedoria da Susipe informou que abrirá uma sindicância para apurar o caso.

“Essa preocupação aqui na OAB local já é antiga. Prova disso é que no ano passado nós estivemos fazendo vistoria na penitenciária e constatamos há situação grave, de violação de direitos e que ocorre problemas”, explica o vice presidente da OAB-Santarém, Ítalo Melo.

Segundo Melo, a instituição está investigando o caso. “A OAB conversou com os presidentes de todas as seccionais no Brasil e pediu que eles fizessem um trabalho de investigação nos seus estados. Ela orientou a ingressar com ações civis públicas no sentido de cobrar do Estado melhores condições em relação a forma como os presos estão sendo tratados pelo Estado”.

Para tentar conter as irregularidades, a Polícia Militar forçou as revistas na penitenciária. Como resultado, diversos materiais proibidos foram encontrados. “Em uma revista minuciosa no interior das celas, nos pavilhões, nas celas, foram encontrados cerca de 40 estoques, cerca de 10 celulares, cerca de 20 carregadores. Algumas substâncias entorpecentes, também, que nós não pudemos identificar e foram para perícia”, conta o responsável pelo 1º Comando de Policiamento Regional (CPR-I), coronel Anthenor Oliveira.