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Padre denuncia ameaça de capangas da empresa Buriti

Padre Edilberto
Padre Edilberto e membros do movimento foram destratados pela empresa. Um grupo de ambientalistas comandados pelo membro da Frente em Defesa da Amazônia (FDA), padre Edilberto Sena, denuncia que sofreu inúmeras ameaças por parte de um vigilante da Empresa Buriti, durante uma visita ao entorno do Lago Juá, na manhã de sábado, 27. O grupo garante que vai entrar com várias ações nos órgãos de segurança denunciando as ameaças.

No sábado passado, dezenas de pessoas ligadas a vários movimentos sociais, entre os quais, membros dos movimentos “Abraço do Juá”, “Tapajós Vivo” e “Luta Pela Moradia”, além de integrantes do Grupo de Jovens do Bairro Elcione Barbalho, professores da UFOPA, entre outros realizaram uma visita à área do entorno do lago do Juá para verificar os comentários da continuação de desastre ambiental já denunciado as autoridades.

O movimento “Salve Juá” informou que foi avaliar a área, após as chuvas que caíram com freqüência em Santarém nos últimos dias. Porém, ao chegar ao local, membros do Grupo se depararam com um capanga da empresa Buriti, o qual, segundo os ambientalistas destratou da pior forma possível o padre Edilberto Sena e todos os membros do movimento “Salve Juá”.

Para evitar uma situação pior, os membros do grupo afirmam que resolveram sair do local. Porém, no momento que caminhavam em direção a rodovia Fernando Guilhon, foram abordados por representantes da Buriti. “Foi muito tenso ver a sociedade ser tratada como bandidos! E aí Prefeito e Semma, vão deixar completarem a destruição e desrespeitar os cidadãos de sua cidade?”, denuncia o padre Edilberto Sena.

O FATO: Eram por volta de 9h30 de sábado, quando o grupo entrou na área por uma estrada pública, ao lado de uma fábrica de reciclagem de plástico. Os ambientalistas contam que levavam máquinas fotográficas para registrar o que viam no caminho, onde constataram muito lixo, que está sendo jogado ao lado da via.

Ao chegar mais próximo do Lago do Juá, o grupo foi impedido de seguir a caminhada por um morador da área, o qual se identificou como vigia da Família Correa. Os membros do movimento “Salve Juá” afirmam que foi tentado um diálogo, explicando a finalidade da visita, mas o homem foi grosseiro e intransigente, ameaçando dar tiros.

De acordo com o padre Edilberto Sena, evitando violência o grupo decidiu retornar ao asfalto da rodovia Fernando Guilhon. “Mal o grupo retornou cerca de 300 metros foi barrado por um carro do Tático. Ao lado deles, três homens se identificaram como um advogado das empresas SISA e Buriti, um acompanhante e um representante da empresa Buriti”, explica o religioso.

Padre Edilberto comenta que o grupo de visitantes indagou por que estavam ali com metralhadoras armadas diante de cidadãos que visitavam a área, fazendo pesquisa. “O advogado disse que ninguém podia estar ali por ser uma propriedade privada. Outra pessoa questionou o advogado dizendo que ali era uma estrada pública e que estava a menos de 500 metros do rio, portanto, era área de Marinha e pública. Houve uma discussão cortês, mas sem recuo dos dois lados”, relatou o Padre.

Segundo padre Edilberto, o grupo de visitantes não se intimidou. Neste momento, chegou um cinegrafista que filmou a discussão. Indignados com a violência dos representantes da Família Correa e da Buriti, o grupo de visitantes tirou mais fotos. Na ocasião, o representante da Buriti disse que a Empresa estava legal e que só não iniciaram as construções, porque o dono da imobiliária não permitiu. “Isto foi motivo de riso do grupo de visitantes, que sabem que a empresa está ilegal, sub judice e que o governador Jatene já garantiu ser desapropriada a área. A Família Correa e a Buriti pagarão penas pelos crimes ambientais causados na área”, afirma padre Edilberto Sena. Ao final da discussão o advogado pediu desculpas ao grupo pela presença armada deles, dizendo que pensavam que fosse um esbulho à propriedade e o grupo de visitantes se retirou para avaliar o caso e organizar a tomada de providencias.

CONCLUSÕES: Após o susto, o grupo de visitantes informou que tirou algumas conclusões, entre elas, uma nota de denúncia de violação pelo advogado e representante da Imobiliária Buriti, de impedir o direito de ir e vir por uma estrada pública. Esta nota será enviada aos meios de comunicação e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os ambientalistas solicitam uma audiência pública na Câmara de Vereadores, para debater a questão das áreas que estão sendo tomadas por empresas imobiliárias, em várias partes da zona urbana da cidade. Eles questionam que providências os vereadores estão tomando sobre tais desmandos do poder público em permitir fatos consumados de desordem urbana.

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