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'B.O. Coletivo' para mapeamento de assaltos no RS vira aplicativo


Grupo do RS criou projeto em maio com colagem de cartazes nas ruas. Pessoas podem marcar na ferramenta os locais onde foram assaltadas.

Antes marcados por cartazes colados nas ruas, agora os lugares onde já ocorreram assaltos podem ser registrados em uma ferramenta online, disponível para download em celulares. O B.O. Coletivo, iniciativa de um grupo de jovens do Rio Grande do Sul, pode receber colaborações de qualquer lugar do mundo, já que utiliza o Google Maps. Para postar informações é preciso acessar o aplicativo e preencher os dados solicitados, marcando o ponto em que houve algum assalto. É possível informar como ocorreu, e colocar data e horário.


O trabalho de imprimir os cartazes, sair de casa e colar no lugar onde alguém foi assaltado ficou mais simples com a ferramenta na internet, segundo Ricardo Maluf Gardolinski, de 28 anos, um dos idealizadores do projeto que começou em maio. "Não é mais preciso sair de casa, ficou mais fácil". O publicitário de Porto Alegre disse ao G1 que atualizações com melhorias já são pensadas pelo grupo.

"A data e o horário dos assaltos, por exemplo, foram sugestões que recebemos para colocar no aplicativo. Já temos várias ideias sobre o que a gente gostaria de acrescentar, com mais opções, botões para compartilhar, de um campo de busca melhor. Isso ficou fora do piloto porque demora um pouco", comentou.

Logo após o lançamento da ação dos cartazes com a frase "aqui fui assaltado", a empresa Stout 26 Interactive procurou o grupo para uma parceria. Eles não cobraram para fazer o aplicativo do mapeamento de assaltos online. As informações sobre os acessos e os downloads deverão ser disponibilizadas nos próximos dias.

O aplicativo foi publicado limpo, sem informações, e recebeu as primeiras colaborações do grupo que idealizou o B.O. Coletivo. De segunda-feira (12) para esta terça (13) eles perceberam que muitas pessoas já cadastraram mais dados. "Preenchemos com assaltos que já sofremos, ou familiares, e também de pessoas que já haviam enviado alguma informação para a gente. Mas agora já tem bastante informação", comemorou.

Como a participação é livre, de colaboração, não há como verificar a veracidade das informações postadas, o que não é visto como um problema para Ricardo. "A gente conta com a boa vontade, assim como os cartazes, que as pessoas baixam e colam nos locais. Essa ferramenta online também é para a colaboração das pessoas", destacou. O objetivo é saber quais zonas de uma determinada cidade são mais seguras ou mais violentas.

Para baixar o aplicativo, basta buscar por "B.O. Coletivo" no aparelho celular. Ele está disponível para iOS e, em breve, também para Android, nos idiomas português, inglês e espanhol. O download é grátis.

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