Professores: “Helenilson Pontes é uma ameaça à educação do Pará”
Sintepp de Santarém repudiam política do secretário Helenilson Pontes. Em visita à Santarém, por ocasião de encontros com lideranças da região, na semana passada, o titular da Secretaria de Estado de Educação Pública (Seduc), Helenilson Pontes, virou alvo de inúmeras críticas dos profissionais de educação. Em nota distribuída em Santarém por conta da passagem de Helenilson Pontes, os profissionais de educação repudiaram a atuação do Secretário de Educação. Os professores culpam Helenilson por vários problemas que estão acontecendo na educação pública de Santarém e do Pará.
Veja a nota de repúdio na íntegra:
“Os trabalhadores e trabalhadoras em educação pública da rede estadual do Pará, lotados em Santarém, vêm a público externalizar seu mais veemente repúdio à política do atual Secretário Estadual de Educação, Helenilson Pontes, pelos fatos a seguir expostos:
1) Visando atender a interesses muito mais políticos/individuais do que sociais/coletivos, Helenilson Pontes, renomado advogado tributarista, santareno, assume a Secretaria Estadual de Educação sem qualquer experiência no setor, o que de pronto já apontava para a situação constrangedora por que passa a educação paraense, envergonhando toda a população do município de Santarém, com destaque para os trabalhadores em educação.
2) Atualmente, Helenilson Pontes é um dos principais responsáveis por uma das greves mais longas da história recente do estado do Pará, greve esta que perdurou em Santarém por 77 dias, tudo com a total conivência do atual secretário que se mostrou inábil nas negociações, sendo extremamente arrogante e funcionando como o principal patrocinador de amargos descontos nos contracheques dos educadores por conta do movimento grevista. Dizemos isso porque já fizemos outras greves em governos passados de Jatene, sem que recebêssemos um tratamento tão vil e desrespeitoso.
3) Helenilson Pontes, em um tentativa clara de colocar alunos, pais e sociedade contra os educadores, de forma covarde e imoral solidificou uma das maiores mentiras que já se disseminou na história da educação paraense, quando divulgou, através dos veículos de comunicação de massa, que um professor em início de carreira no estado ganha mais de 8 mil reais, registrando que tivemos casos de violência/assaltos em residências de professores por conta da crença de que ali poderia se encontrar somas significativas de dinheiro.
4) Helenilson Pontes revelou nessa greve seu total descompromisso com os funcionários de escolas da rede estadual, quando negou a estes qualquer avanço no debate do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração Unificado, se recusando a dar a esta imprescindível parcela do serviço público educacional qualquer direito à carreira que não aqueles constantes no Regime Jurídico Único do funcionalismo público estadual.
5) Helenilson Pontes trabalha, de forma voluntária ou involuntário, para rebaixar ainda mais os indicadores educacionais do Pará, haja vista que se levanta de forma impiedosa contra àqueles que, apesar da falta de estrutura dada pelo estado, têm feito o esforço diuturno de tentar oferecer às crianças e jovens do Pará uma educação com o mínimo de qualidade. O atual secretário deveria minimamente ter compreendido que qualquer mudança nos rumos da educação perpassa fundamentalmente pelos educadores, os quais precisam ser tratados como aliados e não como inimigos.
6) Helenilson Pontes hoje é a ameaça real ao direito do aluno quanto aos 200 dias letivos, uma vez que o mesmo avança no corte de ponto dos professores, tirando da categoria qualquer possibilidade de reposição dos dias parados, investindo na política de contratação de temporários, o que é bem contraditório, uma vez que o governo Jatene, em todas as mesas de negociação, tem dito que sofre com a crise, não tendo recursos para o pagamento do piso ou ainda para a implantação do PCCR Unificado dos trabalhadores.
Por todas estas situações, mesmo com um curto espaço de tempo à frente da SEDUC, Helenilson Pontes já se postula como um dos piores secretários de educação que o estado do Pará já teve. É mais um daqueles que foi colocado no cargo muito mais por interesses políticos e eleitorais do que por compromisso com a educação. Pela experiência e formação acadêmica que detém, o mais correto é que ele estivesse à frente da SEFA. Todos ganhariam com isso.
Infelizmente, ainda vivemos em um Estado permeado por desmandos e interesses escusos. Da nossa parte, reiteramos o desejo de que em muito breve o Pará possa ser destaque no Brasil não pelo descaso com sua educação. É por isso que não desistiremos da luta. Helenilson Pontes passará. Nós permaneceremos”.
Fonte: O Impacto
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