Breaking News

Servidores de Faro vão às ruas contra prefeita


Os servidores públicos do município de Faro, no oeste do Pará, estão revoltados com o descaso do Poder Público municipal com a categoria. Salários atrasados há mais de seis meses, perseguição e desvalorização profissional são algumas das queixas contra a gestão da prefeita Marinete Machado (PMDB), que não aceita negociar com os funcionários municipais, que até o próximo dia 8 de maio permanecerão em estado de greve. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Faro (Sindfaro), Enéas Torres, a intransigência administrativa da gestora tem prejudicado o funcionalismo público. Na última terça-feira (22), os servidores foram às ruas em protesto contra a prefeita peemedebista. A passeata foi pacífica e percorreu diversas ruas do município. O alvo dos manifestantes foram as sedes da Prefeitura, Câmara de Vereadores e Poder Judiciário. O sindicato alega que desde que surgiram as reclamações sobre atraso de pagamento de salários, desconto do crédito consignado cujo valor não está sendo repassado à Caixa e que por conta disso muitos servidores tiveram seus nomes incluídos nos órgãos de proteção ao crédito como SPC e Serasa, a entidade tentou buscar soluções amigáveis com a prefeita Marinete Machado, porém, ela se recusou toda vez receber os dirigentes. Enéas informa que nem o reajuste salarial, que é concedido aos servidores municipais no mês de janeiro, este ano ocorreu. O município vive um caos em diversos setores e o descontentamento do funcionalismo reflete diretamente na população, que manifesta apoio aos servidores, sobretudo os traba-lhadores da educação. 


A Prefeitura de Faro emprega atualmente cerca de 600 servidores lotados em diversos setores. Desse total, 400 são sindicalizados. “Estamos buscando entendimento pacífico para resolver os problemas que afligem e prejudicam nossa categoria. Porém, diante da intransigência da prefeita fica difícil qualquer diálogo. Ela se recusa a nos receber e durante a nossa assembleia decidimos optar pelo estado de greve até o dia 8 de maio. Caso ocorra um acordo suspendemos imediatamente essa decisão. Caso contrário, a greve será deflagrada em protesto contra este governo autoritário e indiferente com as causas sociais em nosso município”, disse Enéas Torres ao Jornal Tapajós Agora. 

Faro é uma cidade de pouco mais de sete mil habitantes e sempre teve problemas com gestores municipais. O ex-prefeito do município, João Alfredo Ribeiro de Carvalho, por exemplo, já teve prisão decretada pela Justiça e também foi condenado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a devolver aos cofres do tesouro municipal quase R$ 1 milhão (ou exatos R$ 915.813,05) por prestação de contas, exercício financeiro de 2003, recheada de irregularidades. O ex-prefeito é marido da atual da prefeita do município. Ele governou Faro entre 1997 e 2000 e entre 2001 e 2004.

Apoio – O Sindicato dos Servidores de Faro recebeu apoio de representantes do Comitê dos Sindicatos Representantes dos Servidores Públicos do Estado do Pará (Compará) e Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), que estiveram presentes no município durante a manifestação dos funcionários públicos daquela cidade.

“O estado de greve será mantido até o momento em que a prefeitura aceite sentar-se para negociar com o sindicato; caso não haja essa atitude por parte do Executivo local e não haja um acordo que abranja as reivindicações, o movimento passará a adotar a greve como arma para conseguir os direitos pleiteados na pauta de negociações. O estado de greve foi determinado como forma, também, de atender o que determina a Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989, que dispõe sobre o exercício do direito de greve”, avisou Enéas Torres.

Fonte: Jornal Tapajós Agora

Nenhum comentário

imagem de uma pessoa em frente a tela no notebook com a logo do serviço balcão virtual. Ao lado a frase indicando que o serviço