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136 mortes e 2,7 mil acidentes durante feriado


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou nesta terça-feira (22) que foram registradas 136 mortes e 2,7 mil acidentes nas rodovias federais entre a última quinta (17) e esta segunda (21), durante o feriado prolongado da Semana Santa e de Tiradentes. De acordo com o balanço divulgado pela PRF, 1,6 mil pessoas ficaram feridas em acidentes pelo país. No Pará, segundo a PRF, ocorreram 56 acidentes com duas mortes e 26 feridos. Foram presas ainda 19 pessoas por embriaguez. 

Mortes - O primeiro acidente com morte aconteceu na última quinta-feira (17), no quilômetro 968 da BR-163, em Santarém, oeste paraense. Um automóvel não identificado colidiu com uma bicicleta conduzida por João Santos Pereira de Sousa, de 21 anos, que morreu no local do acidente. Já o segundo acidente aconteceu em Santa Maria do Pará, no quilômetro 106 da BR-316, quando o motorista de um carro perdeu o controle do veículo e saiu da pista, capotando em seguida. Dos quatro ocupantes do carro, um morreu no local. 

A corporação não comparou as mortes e acidentes deste ano com os ocorridos no feriado da Semana Santa de 2013. Na ocasião, o feriado prolongado se estendeu por quatro dias. Já em 2014, devido à coincidência com o feriado de Tiradentes, o "feriadão" durou cinco dias.

No ano passado, entre a quinta-feira santa e o domingo de Páscoa, a PRF havia contabilizado 108 mortes e 2.429 acidentes.

O coordenador-geral de Operações da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Stênio Pires, afirmou durante a divulgação do balanço que os estados considerados “críticos” são Paraná, Minas Gerais e Bahia. As três unidades da federação registraram o maior número de mortes e acidentes nas rodovias federais.

Segundo o inspetor, a PRF fiscaliza as estradas federais por regionais – um estado pode ter mais de uma regional ou uma regional pode ter mais de um estado. Entre as áreas fiscalizadas, as que obtiveram o maior número de mortes foram a regional do Paraná, com 203 feridos e 27 mortos, a de Minas Gerais, com 227 feridos e 15 mortos, e a da Bahia, com 105 acidentes e 15 mortes.

Entre os acidentes que resultaram em mortes, os mais registrados foram o de colisão frontal (23,89%), colisão transversal (18,89%) atropelamento (15%), saída de pista (10,56%) e colisão lateral (7,22%). Os principais motivos, segundo a PRF, são falta de atenção, velocidade incompatível e animais na pista.

A PRF destacou que foram fiscalizadas 183,5 mil pessoas em 184,2 mil veículos. Ainda de acordo com a corporação, foram feitos 56,2 mil testes de bafômetro, com 1,1 mil autuações por ingestão de bebida alcoólica e 266 prisões. No total, foram feitas 52,2 mil notificações e 1,1 mil carteiras de motoristas apreendidas.

“Infelizmente, a gente percebe que ainda existe essa questão de beber e dirigir, mas já há um aumento na conscientização do cidadão. A gente tem aumentado cada vez mais o número de testes realizados, e o número de autuações e prisões têm caído. Mas, infelizmente, ainda é alto o número de pessoas que bebem e dirigem seus veículos”, disse o inspetor Stênio Pires.

Queda nos números
Na entrevista coletiva, a PRF afirmou que, há três anos, a corporação passou a comparar os números de acidentes, mortos e feridos nas estradas com o tamanho da frota. A Polícia Rodoviária Federal utiliza, desde então, os dados com base em um milhão de veículos.

Por isso, segundo o inspetor Stênio Pires, “não é possível” comparar os dados absolutos deste ano com os de 2013. Os resultados de 2014, nesta base de comparação, apresentaram queda.

No ano passado, ressaltou o inspetor, a operação de fiscalização da PRF na Semana Santa durou quatro dias, enquanto, neste ano, foram cinco, em função do feriado de Tiradentes.

Em 2014, a média diária registrada foi de 6,54 acidentes para cada um milhão de veículos, enquanto, em 2013, foram registrados 8,26 acidentes. A queda, segundo a PRF, foi de 21%.

Neste ano foram registradas 0,33 mortes por dia para cada um milhão de veículos, enquanto no ano passado foram 0,36, o que representou queda de 9%. Já no índice de feridos, foram registrados 3,91 casos para cada um milhão de veículos por dia e, no ano passado, 4,98, com queda de 22%.

“Nós tivemos uma redução em termos comparativos à frota na média diária de 9% e isso a gente vê como positivo. Foi um número bastante positivo na avaliação da Polícia Rodoviária Federal, mas ainda consideramos que o número de mortes ainda é alto”,disse Stênio Pires.

Fonte: G1

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