Saúde Bucal 3ª Parte - Veja qual o melhor tipo de fio dental para você

No mercado, é possível encontrar escovas de dente com as mais diversas especificações: cerdas extramacias, macias, médias e duras, e cada uma delas apresenta melhor desempenho para determinada função. Os fios dentais também apresentam tipos diferentes, mas têm o mesmo papel. “Cada pessoa se adapta melhor a um tipo, mas o importante mesmo é que o paciente us e mais esse instrumento na higienização bucal, não se machuque e se sinta confortável”, diz a professora de Departamento de Odontologia Social da Universidade de Campinas, Dagmar Queluz.

Há fios de nylon com múltiplos filamentos e os de filamento único, com ou sem cera, e com os mais diversos sabores. Segundo a professora, a cera facilita a passagem do fio entre os dentes. “Os de multifilamento são mais fibrosos e podem desfiar durante o uso, esse tipo é bom para aqueles que têm uma arcada mais apertada, porque ele se adapta melhor ao contorno da peça dentária. O de monofilamento, por ser mais duro, não tem essa flexibilidade e pode não entrar no espaço interdental; por outro lado, ele não desfia.”

Contudo, a professora lembra que o normal é não haver esse desfiamento e explica que isso ocorre por dois motivos: ou uma restauração feita no dente não bem finalizada, deixando, assim, pontas que cortam o fio, ou ele está sendo passado de maneira inadequada.

Sangramento

É muito comum as pessoas reclamarem de sangramento durante o uso desse instrumento, mas Dagmar alerta que isso ocorre com pessoas que não sabem utilizar de maneira correta o fio dental. O certo é fazer, com delicadeza, o contorno do dente com o utensílio para evitar o mau hálito – já que ele tira os restos de alimentos da região –, acúmulo de placa bacteriana, que pode causar gengivite (sangramento dessa região da boca) e a periodontite (inflamação e infecção dos ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes).

A escova e o fio dental são os dois maiores aliados da saúde bucal, juntos eles complementam o processo de limpeza da boca. “A primeira limpa a face dos dentes, mas ela não alcança o espaço entre eles, por isso, temos que usar o fio, para fazer essa higiene interdental”, diz a professora da Unicamp, que ressalta o fato de que um instrumento não pode ser entendido como substituição da outro no momento da limpeza bucal.

O aconselhado é que, por trabalharem na trituração dos alimentos, os molares ganhem uma atenção especial na hora de passar o fio dental, porque nessa área há maior tendência de acúmulo de restos alimentares. 

Ao contrário da escova de dente, o uso do fio pode ser feito somente uma vez ao dia, antes ou depois da escovação. “Na literatura odontológica, não uma especificação sobre a ordem, o importante é usá-lo”, diz a professora da faculdade de Odontologia da Unicamp que ressalta ainda a importância do uso do fio-dental desde a infância. Dagmar afirma que a partir dos seis anos as crianças já podem utilizar esse instrumento para a limpeza bucal desde que estejam sob a orientação dos pais.

Fonte: Saúde Bucal