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Dilma diz que não é ‘preciso reformar tudo’ para enfrentar a crise


Presidente ressaltou é preciso somente ajustar 'um pouco' o Orçamento. Em evento no Pará, petista reafirmou que crise econômica é 'passageira’.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (30), em Capanema, no Pará, que não será preciso o país “reformar tudo” para enfrentar a crise econômica, mas sim “ajustar um pouco” o Orçamento da União. Segundo a petista, o Brasil tem uma "base sólida" para ultrapassar as dificuldades financeiras.

“É óbvio que sabemos que o Brasil está enfrentando algumas dificuldades, mas são dificuldades passageiras. Uma coisa é você ter que ajustar um pouco o Orçamento, outra coisa é ter que reformar tudo. Não temos que reformar tudo, porque o Brasil tem uma base sólida”, afirmou em cerimônia de entrega de 1.032 unidades habitacionais do Conjunto José Rodrigues de Sousa, do programa Minha Casa, Minha Vida.

Segundo Dilma, o Brasil tem “reservas internacionais” para enfrentar dificuldades e uma “estrutura bancária que não está comprometida”. Ela voltou ainda a culpar a crise internacional que estourou em 2008 pelas dificuldades econômicas que o país enfrenta hoje.

Diferentemente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em outubro de 2008 disse que a crise chegaria ao Brasil como uma “marolinha”, Dilma classificou a crise financeira mundial de “tsunami”. “O Brasil teve ao longo dos últimos oito anos que segurar a onda, um verdadeiro tsunami da crise internacional, que desempregou na Europa, tirou direitos, acabou com garantia de emprego, produziu uma catástrofe social”, declarou.

Conforme a presidente, apesar da necessidade de "ajustes" para recuperar a economia, o governo continuará a estimular financiamentos, para aumentar o consumo, e manterá programas sociais. "Vamos continuar desonerando a cesta básica, vamos continuar dando subsídio ao crédito, vamos continuar garantindo programas sociais como o Bolsa Família."

'Cooperação'

Durante o evento para a entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida, Dilma destacou que faz parcerias com governantes locais de oposição e defendeu que é preciso “cooperar com quem foi eleito pelo povo”. O governador do Pará, estado onde se deu o evento, é Simão Jatene, do PSDB.

"Eleição é eleição, governo é governo. As pessoas precisam cooperar com quem foi eleito por voto direto pelo povo", afirmou. Na cerimônia, alumas pessoas carregavam cartazes de apoio a Dilma, com os dizeres: “Não ao golpe e ao retrocesso” e “mexeu com Dilma, mexeu comigo”.

Antes de Dilma, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), fez um discurso de defesa da presidente e pediu que o “povo” fortaleça o governo.  “Na história do Brasil e talvez em nenhum país do mundo tenha tido um governo federal que tenha feito tanto por habitação como faz o governo da presidenta Dilma. É importante fortalecer um governo que dá prioridade para o povo”, afirmou.

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