O que são anabolizantes? Por que são tão perigosos para a saúde?
Quem deseja ter um corpo bonito? Todos, com certeza. Resposta provavelmente unânime, sem discussão. Mas e se ampliarmos um pouco a pergunta para: o que você considera um corpo bonito?
Aí, seguramente, a discussão começa. Mulheres divergem incansavelmente sobre qual é o melhor tamanho do bumbum e dos seios. Muitos consideram que um corpo bonito é um corpo com músculos bem definidos. Muita massa muscular, pouquíssima gordura. Há, também, aqueles que praticam esportes e que desejam “moldar” determinadas funções musculares para ter o melhor desempenho esportivo dentro de suas modalidades.
Dentro deste universo de desejos e opções, muitos decidem “trabalhar” o próprio corpo para conseguir seus objetivos. Só que esta não é uma tarefa fácil. Exige uma incansável e férrea disciplina de exercícios e dietas, além de uma extrema força de vontade e disponibilidade psicológica de seguir um caminho adverso ao natural e que não é fácil.
Então, entram em cena os “facilitadores” desta difícil opção. Os anabolizantes são exemplos destas substâncias procuradas por muitos como um “atalho” rápido para os objetivos desejados. Só que este “atalho” pode gerar consequências graves para o organismo humano. Até fatais. Vamos entender.
Anabolizantes, ou “esteroides androgênicos anabólicos”, são hormônios. Geralmente derivados do hormônio masculino, que é a testosterona.
O que eles fazem?
Promovem a multiplicação de células musculares e dos ossos. Os músculos crescem rapidamente, aumentando o seu tamanho e consequentemente, sua força. Por isso, são consumidos por quem deseja melhor performance esportiva ou um corpo cheio de músculos. Mas este resultado implica, necessariamente, em efeitos colaterais perigosos à saúde.
Em mulheres, a administração de hormônios masculinos faz a voz engrossar, o clitóris se hipertrofiar; aparecem pelos no rosto, e o ciclo menstrual fica comprometido e errático. Nos homens, há diminuição da produção de espermatozoides, com consequente atrofia testicular. Pode também ocorrer a ginecomastia, que significa aumento de seios, como nas mulheres, uma vez que o hormônio masculino em excesso se transforma em estrógeno. Calvície é comum. Em adolescentes, o crescimento natural se compromete e a estatura fica inferior ao que seria o alvo final. O comportamento de todos fica mais agressivo.
Outra consequência, das mais graves, em homens e mulheres, é que estes hormônios causam hipertrofia do coração, que também é um músculo. Só que é uma hipertrofia anormal, especificamente do ventrículo esquerdo, que atrapalha os batimentos cardíacos e, consequentemente, compromete a função do coração. A pressão arterial aumenta. Além disso, estes anabolizantes levam a uma maior produção de LDL, que é o colesterol ruim, que obstrui artérias, facilitando acidentes vasculares. São também tóxicos para o fígado, que é o laboratório do organismo.
Resultado: tomar hormônios esteroides anabolizantes sem necessidade e sem orientação médica é tomar uma bomba relógio que vem em cápsulas ou ampolas injetáveis e que pode explodir dentro de você a qualquer momento, quando menos se espera.
Hormônios são drogas importantes e sua administração correta ajuda a salvar muitas vidas. Mas o consumo incorreto, indiscriminado, sem orientação médica pode, ao contrário, ser fatal para muita gente.
Compartilho com vocês o conselho de nossa leitora Andreia Carneiro Hallo: “Eu conheço os riscos do anabolizante… Que a nossa juventude evite este veneno. O importante para se ganhar massa muscular é alimentação correta e esporte”.
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