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Cinema sob demanda chega ao Brasil

Kinorama conecta realizadores, exibidores e público por meio de plataforma online. A ferramenta promove sessões pré agendadas usando financiamento coletivo.

Uma plataforma que pretende colocar nas mãos do público a decisão sobre que filme ver no cinema. A frase resume em linhas gerais a ideia do Kinorama, mas não consegue descrever a totalidade do conceito, que pode mudar completamente a relação entre espectadores, exibidores e realizadores. Até o fim de setembro serão realizadas as primeiras sessões da única ferramenta de cinema sob demanda do Brasil. O Kinorama oferece a possibilidade de sessões pré agendadas e uso do crowdfunding para viabilizar os eventos. A ideia é mobilizar o público pela internet para o financiamento das sessões. 

As metas principais são o incentivo a novas janelas de distribuição e a ampliação das chances de um filme alcançar o público. No catálogo do Kinorama já há diversas produções nacionais que encontraram na distribuição o grande entrave para chegar aos espectadores. Mas a intenção é ampliar as opções e levar ao público também filmes de outros países.

A iniciativa defende o cinema como experiência coletiva e compartilhada e insere no circuito de distribuição a possibilidade do “on demand”. Com isso, filmes independentes têm mais chances de driblar os gargalos da distribuição e entrar nas salas de cinema de forma efetiva. A plataforma contribui ainda para a formação de público e a democratização do acesso à sétima arte.

Apesar de terem idealizado a iniciativa do zero, os realizadores do Kinorama descobriram, durante o processo de pesquisa para a plataforma, que há projetos semelhantes acontecendo em diversos países. Em inglês usa-se o termo Crowdticketing (que pode ser traduzido como "financiamento coletivo de ingressos). A dinâmica é a base de eventos como o Gathr e o Tugg nos Estados Unidos, o Screenly e o Youfeelm na Espanha e o Movieday na Itália.

Os chamados para as primeiras sessões já foram feitos ou estão em andamento nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba, com apoio dos cinemas Itaú. O filme escolhido para estreia da plataforma é o documentário Epidemia de Cores. Com direção de Mario Seretta, o filme narra a rotina de arte-educadores e internos do Hospital Psiquiátrico São Pedro, em Porto Alegre nas chamadas Oficinas de Criatividade. As atividades no local contam com a participação de ex-internos, moradores do hospital psiquiátrico e frequentadores interessados em arte, arteterapia ou no desenvolvimento de atividades expressivas, como pintura, bordado, escultura em argila e escrita criativa. Para que a sessão aconteça é preciso alcançar 60% de venda dos ingressos.

SOBRE O KINORAMA
O Kinorama é uma startup direcionada à criação e financiamento coletivo de sessões de cinema em circuito comercial. A intenção é favorecer realizadores que não possuem verba de comercialização, espectadores que não têm autonomia sobre o conteúdo oferecido, e exibidores que desejam aumentar a taxa de ocupação das salas.

A ideia surgiu a partir das dificuldades percebidas no processo de distribuição de filmes pelos sócios da produtora 3filmgroup.tv. Durante o lançamento do longa Ilegal o grupo notou que a presença do filme nas salas de cinemas não garantia número consistente de público em todas as sessões. A partir daí, imaginar que os interessados poderiam se juntar em sessões pré-agendadas e garantir salas melhor aproveitadas foi natural.

Com a iniciativa espera-se modificar a dinâmica da relação entre realizadores, exibidores e público. O sistema de distribuição de filmes no Brasil é o mesmo desde a abertura da primeira sala de cinema no país e vem se mostrando cada vez mais insustentável. O Kinorama tenta reverter essa lógica e diminuir a distância entre quem faz, quem exibe e quem vai ao cinema. 

Saiba mais ou torne-se um apoiador em: https://kinorama.co/

Fonte: f e r v o - comunicação, conteúdo & relacionamento

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