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Índice de Progresso Social será referência em ações do Governo

Desenvolver ações governamentais interligadas ao desenvolvimento social é a meta do Governo para os próximos anos. Para isso será usado como base o Índice de Progresso Social (IPS), indicador desenvolvido por pesquisadores da Universidade norte-americana de Harvard e de outras instituições de ensino e pesquisa, que mensura a qualidade de vida das pessoas a partir da análise de diferentes dados, inicialmente dissociados da renda per capta de determinado país, estado ou município. O estudo que analisou diversos países, inclusive o Brasil, será divulgado por meio de um relatório previsto para agosto deste ano.

O Índice de Progresso Social foi apresentado hoje, 24, a diversas diretorias de órgãos estaduais da administração direta e indireta. O anúncio aconteceu durante o workshop “Integração e Transversalidade”, promovido pelo Governo do Pará por meio da Secretaria Extraordinária de Integração de Políticas Sociais, em parceria com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia. Na ocasião, foram analisados os dados referentes ao Brasil, em especial a região amazônica, além de dados relativos aos municípios paraenses.

O governador Simão Jatene, que abriu oficialmente o workshop, mostrou como a nova forma de avaliação dos dados permite uma atuação maior da sociedade na melhoria da qualidade de vida. Para ele, é possível identificar, por exemplo, quais áreas estão deficientes em cada cidade e de que forma os exemplos bem sucedidos em outros lugares podem ajudar na solução de determinados problemas. “Se algum Estado, com as mesmas características do nosso Estado, conseguiu resolver determinado problema que estamos enfrentando nos sinaliza que também podemos superar o desafio”, reiterou o governador.

Simão Jatene afirmou que o IPS será uma ferramenta útil ao controle dos gastos públicos, mas lembrou que o Índice, sozinho, não é suficiente para traçar estratégias governamentais. Para ele, o engajamento das pessoas é fundamental nesse processo. “Eu acho que o IPS nos oferece uma lente de aumento para ver os dados. A nossa expectativa é esses dados sejam uma referência para melhorarmos a qualidade dos nossos gastos, para fazermos mais com menos”, destacou o governador ao atentar, ainda, para a distorção dos índices de progresso social mesmo entre municípios com renda per capta semelhante.

O pesquisador Adalberto Veríssimo apresentou comparação entre os municípios de Santarém e Canaã dos Carajás. Na análise, mostrou que Santarém possui melhor IPS mesmo tendo renda per capta menor que Canaã. “A performance social não está ligada diretamente à renda. A renda é um fator, mas não é determinante. Acho que isso nos oferece uma nova ótica”, analisou. Veríssimo revelou ainda que o IPS médio da Amazônia, de 57,31, é inferior à média nacional de 67,73. Comparado com outros 132 países, o Brasil ocupa a 46º posição.

Para a titular da Secretaria Extraordinária de Integração de Políticas Sociais, Isabela Jatene, é importante que as ações sejam feitas de forma integrada e que cada servidor público perceba a visão do Governo para estabelecer um foco nas ações. “Temos que ter uma mentalidade de integração para as nossas ações. Para mudar os nossos índices, temos que mudar os nossos mecanismos, porque eles se retroalimentam. Para isso precisamos da colaboração de todos. É um esforço conjunto”, destacou Isabela Jatene.

Mais de 150 servidores públicos participam do workshop que incluiu a realização de oficinas voltadas para a identificação de problemas dentro das diferentes instituições que participaram do evento. Renata Alves, da Diretoria Clínica do Hospital de Clínicas do Estado, considerou importante a proposta de integrar ações e trabalhar com as informações disponibilizadas pelo IPS. “A ferramenta nos mostra que podemos alcançar melhores resultados demandando menos dinheiro e menos esforços. Acredito que seja totalmente possível mudarmos os índices sociais do nosso Estado, mas para isso é preciso que todos se apropriem da ideia e integrem o processo”.

Fonte: SECOM

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