Dia Mundial das Florestas chama atenção para iniciativas ambientais
No último dia 21 comemorou-se o Dia Mundial das Florestas. A região amazônica, que abriga um dos patrimônios naturais mais valiosos de toda a humanidade e a maior reserva natural do planeta, é palco de constante debate sobre flora e fauna. É importante, portanto, debater o papel das empresas mineradoras e hidrelétricas nesse contexto.
De acordo com a legislação ambiental vigente, toda área que tiver sua composição florística alterada, seja pela mineração ou por outro empreendimento, deve reparar ou compensar os danos causados. “É preciso deixar claro que a vasta e extensa legislação ambiental do país impõe às mineradoras a necessidade de reparar os dados e mitigar impactos, havendo determinação constitucional expressa e específica neste sentido referente à mineração”, ressalta o advogado ambiental Daniel Athias, do escritório Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro e Scaff – Advogados.
A Imerys, mineradora que atua com caulim, vem transpondo as camadas de solo fértil, em locais a serem recuperados tanto em Barcarena quanto no município de Ipixuna do Pará, onde funcionam as duas minas da empresa. “Recuperamos áreas que foram mineradas com a parceria das comunidades do entorno das minas. A produção de mudas de espécies florestais gera trabalho e renda para as famílias. Em viveiros comunitários, cada família produz aproximadamente 8.000 mudas”, frisa Claudio Ciryno, coordenador de Meio Ambiente da mineradora.
“Este tipo de ação como o reflorestamento mostra que é possível ter uma mineração sustentável no nosso estado. A recuperação de uma área degradada é lenta, mas possível de reparação até sua resiliência. O sucesso da revegetação está no preparo de área e fertilização da mesma”. Dos 2.060 hectares de área total da mina de Ipixuna do Pará, foram alterados pela mineração 529 hectares, e em recuperação 333 hectares, o restante encontra-se em uso pela operação de lavra, conta Cyrino.
Outro bom exemplo vem de Juruti, no oeste paraense, onde a Alcoa desenvolve o Programa de Reabilitação de Áreas de Mineradas, com o objetivo de realizar a recuperação do local minerado, deixando-o mais próximo possível da condição original. No programa é utilizado o método da nucleação, que acelera o processo de formação natural do solo, além de reduzir a emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa). A Alcoa é pioneira na aplicação da técnica em áreas de mineração de bauxita, na região amazônica.
“Temos que sair um pouco do lugar comum, sermos ousados para conseguir melhorar os resultados ambientais. A experiência pioneira nos mostra que é possível melhorar os indicadores ambientais e, ao mesmo tempo, reduzir custos”, destaca o superintendente de Meio Ambiente da Alcoa em Juruti, Volnei Tenfen, ressaltando que o método de nucleação trouxe ganhos operacionais que refletiram em vantagens econômicas também.
O método completa o ciclo de sustentabilidade, apresentando, ainda, o benefício social: as mudas utilizadas na reabilitação de áreas mineradas são cultivadas por comunidades jurutienses, que recebem capacitação e apoio da Alcoa, que já comprou 227 mil mudas, gerando R$ 475 mil em renda aos comunitários.
Aula em contato com a Natureza
A educação ambiental vem sendo um dos mecanismos usados pela Alumínio Brasileiro S/A (Albras), em Barcarena, para a preservação das florestas. Através do programa Albras Mais Perto de Você – Educação Ambiental, a metalúrgica mantém olhos e ouvidos de estudantes, da rede pública e privada, atentos à importância da preservação do meio ambiente em aulas realizadas dentro do Horto Botânico mantido há 23 anos pela empresa.
O programa reconhecido pelo Instituto Internacional de Pesquisa e Responsabilidade Socioambiental Chico Mendes com o prêmio Socioambiental e o Selo Verde atingiu, nos últimos quatro anos, 4667 alunos, de 75 escolas da região. Os passeios ambientais se transformam em verdadeiras aulas monitoradas por universitários da Universidade do Estado do Pará (UEPA) envolta da natureza, com um acervo ambiental que retrata uma verdadeira enciclopédia do ecossistema amazônico.
Dentro de uma área verde de 38 hectares de extensão, com coleções de plantas tropicais, 189 espécies de helicônias, aráceas, bromélias, coleção de amostras de madeiras registradas (xiloteca), e o lugar que são cultivadas e cuidadas as orquídeas (orquidário), os alunos são guiados dentro de uma das maiores coleções de palmeiras do país para as lições sobre meio ambiente. Neste processo, que conta com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMADE) e Secretaria Municipal de Educação (SEMADE) também já envolveu 204 estudantes dos cursos de ciências naturais da UEPA.
“Estamos formando uma geração de pessoas com uma percepção ambiental e conhecimento mais aprofundado nessa área e uma visão mais sistemática de organização ambiental, de cuidados com o meio ambiente e a sustentabilidade”, afirma Elena Brito, gerente geral e comunicação e relacionamento da Albras.
Fonte: Temple Comunicação
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