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Problemas de internet geram prejuízos de R$150 mi em Santarém, diz estudo

Anatel e eletrobras participaram de reuniao
 com mpe nesta terca-feira 25
Valor foi contabilizado nos últimos seis meses no município. Engenheiro da Eletronorte disse que empresa está investindo em melhorias.

Um estudo realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Santarém (Aces) e Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) aponta que a má qualidade da internet causou um prejuízo de aproximadamente R$150 milhões na economia do município de Santarém, oeste do Pará, nos últimos seis meses, o que de acordo com o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), Alberto Oliveira, significa mais de mil empregos diretos afetados.

O resultado da pesquisa foi apresentado durante reunião na tarde desta terça-feira (25), no Teatro Vitória, em Santarém, onde estiveram presentes representantes da Anatel e da Eletronorte para discutir os problemas relacionados ao serviço na cidade.

A reunião é um desdobramento de audiências anteriores convocadas principalmente por empresários do município, os quais apontam prejuízos econômicos por causa da oscilação do sinal de internet, o que impossibilita a realização de serviços e transações econômicas.

De acordo com Oliveira, a reunião tem o objetivo de encontrar uma solução para o problema. “Essa reunião é mais uma, e dessa vez com a presença da Eletronorte e da Anatel para encontrar uma solução, ou melhor, detectar onde é que está o gargalo deste problema que causa a internet de baixa qualidade em Santarém. Estamos buscando junto com o Ministério Publico Federal e Estadual e órgãos que regulam a questão da internet, detectar o problema e buscar solução”, enfatiza.

Para o empresário Sidney Baumman afirma que atualmente todos os serviços giram entorno da internet e descreve algumas falhas causadas pela falta de internet de qualidade. “Para o setor empresarial são imensos prejuízos. Além da não possibilidade de emissão de notas fiscais, de negativos, as certidões exigidas pelo governo na participação de licitações e pregões, tem também a falta de faturamento pela não possibilidade de emissão dos tickets, cupons e até mesmo da emissão dos comprovantes de operação de cartões de crédito”, reclama.

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Durante a reunião, a Eletronorte expôs as dificuldades no fornecimento de internet para a região e que a Anatel deve realizar o estudo que vai subsidiar a ação do Ministério Público.

Ainda conforme Oliveira, a ideia é que seja feito um acordo entre as fornecedoras de internet para que tenha um reajuste de conduta para que seja apresentada uma solução ainda na esfera administrativa sem necessidade de uma ação judicial, no intuito de oferecer internet de qualidade em Santarém.

O engenheiro da Eletronorte, Flávio Roberto Antônio, afirmou que a empresa está fazendo vários investimentos para melhorar a estrutura. Segundo ele, uma das ações imediatas da empresa para atentar solucionar os problemas será a implantação de um novo cabo de fibra ótica. “Nós vamos fazer uma terceira saída da subestação de Tapajós até a subestação de Santarém. Hoje tem duas saídas. São dois cabos óticos que vem para a cidade. Nós vamos fazer o terceiro porque se você tem dois, no caso de romper os dois, você fica sem o serviço. Então nós vamos fazer o terceiro para ter mais garantia”, enfatizou.

Problemas persistem

Em dezembro de 2012, foi apresentada ao MPE uma pesquisa que apontou prejuízos de R$ 90 milhões em seis meses devido às quedas de sinal de internet em Santarém. O documento subsidiou um inquérito civil do MPE pedindo melhorias no serviço.

Em janeiro de 2013, uma audiência pública tratou sobre o assunto. Na ocasião, participaram representantes da Eletronorte, Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), quatro empresas que fornecem o serviço na cidade além da Embratel. Ao final da audiência, as empresas anunciaram investimentos para melhorar o serviço.

Em 2014, os problemas persistiram e paralisaram órgãos públicos e empresas que necessitam de internet. Em fevereiro, a assessoria de comunicação da Eletrobrás Eletronorte (Empresa que realiza serviço de transportes para os provedores de internet) divulgou um investimento de R$ 8 milhões para a duplicação da rede que sai de Brasília (DF) até Imperatriz (MA). O negócio tinha como objetivo evitar as constantes interrupções que afetam os serviços de internet nos estados do Pará, Amapá, Tocantins e Maranhão.

Fonte: Santarém

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