Professores de Santarém prometem aderir à greve estadual
Márcio Pinto diz que profissionais optaram pela paralisação moderada para não prejudicar o ano letivo dos alunos.
Depois da classe dos profissionais de educação no Pará entrar em greve há cerca de duas semanas, a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (SINTTEP) realizou no início desta semana uma assembléia geral em Santarém, para discutir sobre a paralisação deflagrada pelos professores em Belém.
De acordo com o SINTTEP, o movimento ultrapassa duas semanas em Belém, onde acontece por conta da classe não encontrar outra alternativa para mostrar à sociedade as mazelas enfrentadas nos ambientes educacionais do Pará.
“Somos um Estado comprovadamente rico em arrecadação fiscal, mas esta ostentação não se reverte em obras e serviços de qualidade para nossa população. A educação há décadas passa por agruras que contraditoriamente nos coloca entre os piores índices de desenvolvimento humano. Não podemos mais aceitar esta realidade, sob pena de sermos acusados de cumplicidade pela destruição do futuro e sonhos de nossas crianças e jovens!”, diz em nota a coordenação do SINTTEP.
Desde a última greve, segundo o SINTTEP, quando os professores retornaram ao trabalho com as promessas do Governador Simão Jatene (PSDB) de que a classe teria as demandas cumpridas, os profissionais aguardam a execução de políticas de valorização da educação pública no Pará. “Nada foi feito. Além de Jatene não cumprir os acordos com os trabalhadores em educação, se mantém fazendo vistas grossas ao caos estabelecido no ensino público. Basta de tanta omissão!”, declaram os professores.
O posicionamento do Governo nas mesas de negociação, de acordo com os professores, tem levado a classe a uma situação limite nos debates, onde as discussões que se travam são conseqüentemente tensionadas, uma vez que a categoria clama por respostas positivas e imediatas que não estão chegando.
“Três anos se passaram da aprovação do PCCR e a situação de instabilidade para alguns setores continua a mesma. É o caso, por exemplo, dos funcionários da educação que até o presente momento não foram enquadrados, a regulamentação das aulas suplementares que não saiu do papel e a própria regulamentação do Some que se arrasta por longo tempo”, afirmam os profissionais de educação.
Já o coordenador geral do SINTTEP em Santarém, professor Márcio Pinto, garante que a maioria dos profissionais optou pela paralisação moderada para não prejudicar o ano letivo dos alunos da rede de ensino do Estado.
“Santarém vai aderir ao movimento grevista deflagrado no Estado de forma diferenciada. Nós não vamos cruzar os braços na totalidade, mas sim desenvolver paralisações semanais em dias alternados, para qual pretendemos contar com a participação dos alunos e da comunidade em geral”, confirma Márcio Pinto.
A paralisação dos profissionais da educação acontece desde o dia 04 deste mês em forma de manifestações.
Outro ponto discutido é a situação de escolas em Santarém, que aguardam posicionamento do Governo do Estado para que as reformas sejam concluídas.
Nenhum comentário
Postar um comentário