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Bebê de sete meses morre por falta de medicamento

Bebê morreu sem medicação
Thales Daniel, de apenas 7 meses, morreu no hospital Ophir Loyola, em Belém. Para a auxiliar de serviços gerais Jucilene Maria Farias, o Dia das Mães não será motivo de comemoração. Na manhã da última quinta-feira (8), o seu filho, Thales Daniel Farias, de apenas 7 meses, morreu no Hospital Ophir Loyola, devido à falta de medicamento. “Ele deu entrada no dia 4 de abril no hospital, e agora, justo na semana do Dia das Mães, ele morreu”, lamenta Gilvandro Alves Farias, pai da criança.

Segundo Gilvandro, o seu filho foi internado há mais de um mês para fazer um tratamento de leucemia, que se trata de um tipo de câncer no sangue que começa na medula óssea. No hospital, o menino contraiu uma infecção hospitalar e, na última segunda-feira, foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou por três dias, até a sua morte. “A última vez que nós vimos o nosso filho foi na terça-feira.

Os pais não podem acompanhar as crianças na UTI, pois é um lugar reservado e tem várias crianças correndo risco de morte. Na quinta-feira, quando fomos ver nosso filho, ele já estava morto”, declarou ele, emocionado.Ainda de acordo com o pai da criança, a médica responsável pelo tratamento informou aos pais de Thales que ele deveria tomar um medicamento chamado Micafundina, indicado para o tratamento de infecções causadas por fungos, e que não é vendido em farmácias comuns, sendo fornecido apenas para os hospitais.“A médica reuniu com a gente e os pais de outra criança que precisava do medicamento.

Ela nos informou que não havia o remédio no hospital. Nós procuramos a direção, que nos informou que o remédio ainda estava em processo de licitação. Na quarta-feira, eu fui ao Ministério Público e eles enviaram um documento exigindo o medicamento ao hospital, porém não chegou a tempo de meu filho ser salvo”, esclarece.

 O pai de Thales informou que, se o medicamento estivesse à disposição para os pacientes no hospital, a criança não teria morrido. “Isso não pode ficar assim. Se tivesse o medicamento, meu filho estaria vivo. Estamos revoltados com essa situação. Hoje morreu meu filho, mas amanha pode morrer outra criança que precisa do medicamento. Não queremos dinheiro, até porque não vai trazê-lo de volta. Queremos que seja feita a justiça”, desabafou o pai.

Fonte: Diário do Pará

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