Prejuízo com cibercrime é só um décimo do estimado, diz estudo
Estimativas anteriores calculavam prejuízo em até US$ 1 trilhão. Novo valor é de no máximo US$ 100 bilhões.
Dados levantados pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais dos Estados Unidos em parceria com a companhia de segurança McAfee apontam que o prejuízo anual do cibercrime nos EUA seja de, no máximo, US$ 100 bilhões (R$ 223 bilhões).
O valor é dez vezes menor que o de um estudo anterior da própria McAfee, que colocava a estimativa em US$ 1 trilhão (R$ 2,23 trilhões), o equivalente 6% do produto interno bruto (PIB) norte-americano. O estudo (acesse aqui) foi publicado nesta segunda-feira (22).
As estimativas mais conservadoras apontam perdas de US$ 25 bilhões ao ano. Mundialmente, as perdas ficam entre US$ 100 e US$ 500 bilhões (R$ 223 bilhões e R$ 1,11 trilhão).
Os números, que incluem também o prejuízo de ciberespionagem e outros problemas relacionados à segurança da informação, colocam dúvidas sobre as afirmações de líderes dos Estados Unidos sobre a gravidade da segurança digital. Uma dessas afirmações é do general Keith Alexander, responsável pelo Cibercomando do exército norte-americano, que classificou as perdas para a economia norte-americana como "a maior transferência de riqueza da história humana".
Tom Gann, vice-presidente de relações governamentais da McAfee, afirmou ao jornal que o novo estudo teve o objetivo de desenvolver "o relatório mais analítico e coerente do mercado" e que as estimativas anteriores, embora "honestas" ao extrapolarem dados obtidos de questionários, também foram baseados em suposições equivocadas.
O que difere o novo estudo dos anteriores é o entendimento de que uma informação roubada - copiada - não deixa de existir em sua origem. Na prática, isso significa que ela não necessariamente representa uma "perda", e que informações extraviadas nem sempre são úteis para quem as obtêm.
As novas estimativas colocam as perdas com problemas de segurança da informação no mesmo nível de outros riscos. O estudo observa, por exemplo, que o prejuízo com acidentes de automóveis nos Estados Unidos é estimado em US$ 99 a US$ 168 bilhões (R$ 221 bilhões a R$ 375 bilhões).
Mesmo assim, o relatório ainda admite que tenta "calcular o incalculável" e que podem existir outros custos que não foram considerados.
No Brasil, um relatório da Symantec publicado no final de 2012 apontou um prejuízo anual de R$ 16 bilhões. O mesmo estudo estimou o prejuízo mundial em US$ 110 bilhões. O estudo também se baseou em dados de questionários.
Fonte: Especial para o G1
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