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Empresas querem fazer relatório de pedidos de dados feitos pelos EUA

Apple, Google, Microsoft e Facebook e outras 18 enviaram carta a Obama. Empresas querem transparência sobre pedidos de informações pessoais.

As maiores companhias e organizações de tecnologia como Apple, Google, Microsoft e Facebook divulgaram nesta quinta-feira (18) uma carta em que pedem ao governo de Barack Obama e ao Congresso dos Estados Unidos mais transparência sobre os pedidos de informação pessoal relacionados à segurança nacional. Entre as propostas está incluir em relatórios o número de pedidos de dados pessoais feitos pelos EUA.

Além de 35 organizações não governamentais e associações civis, cinco fundos de investimento e uma aceleradora de startups, assinaram a carta as seguintes empresas: AOL, Apple, CloudFlare, Credo Mobile, Digg, Dropbox, Evoca, Facebook, Google, Heyzap, LinkedIn, Meetup, Microsoft, Mozilla, Reddit, Salesforce, Sonic, Stripe, Tumblr, Twitter, Yahoo! e YouNow.

As companhias pediram por transparência sobre o levantamento de dados sigilosos. Além de Obama e parlamentares especializados em segurança nacional, receberam a carta o Procurador Geral dos EUA, Eric Holder, o diretor da Inteligência Nacional do país, James Clapper, e o diretor geral da Agência Nacional de Segurança (NSA), Keith Alexander.

Companhias de tecnologia têm se esforçado para dizerem que são independentes depois que documentos vazados em junho pelo ex-agente da CIA Edward Snowden, que trabalhava para a NSA, indicaram que AOL, Apple, Google, Facebook, Microsoft, Yahoo!, YouTube, Skype e Paltalk deram acesso direto a seus computadores ao governo norte-americano, como parte do programa secreto de vigilância da NSA, chamado de Prism.

Essas atividades de coleta de dados são supervisionadas pelo secreto Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira e praticadas em grande parte com base em leis do Ato de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa) e do chamado Ato USA Patriot.

Algumas empresas, incluindo Facebook e Apple, conseguiram em junho um acordo com o governo dos EUA para revelarem algumas informações sobre o número de pedidos de dados de usuários.

Na carta desta quinta-feira, as empresas pediram permissão ao governo dos EUA para divulgarem regularmente estatísticas sobre o número e amplitude dos pedidos de dados de usuários das companhias feitos por autoridades específicas de segurança nacional do país. As empresas também querem divulgar quantos indivíduos, contas ou aparelhos afetados por estes pedidos.

"Esta informação sobre como e com que frequência o governo está usando estas autorizações legais é importante para o povo norte-americano, que tem um debate público sobre a questão, e para usuários internacionais de empresas baseadas nos EUA que estão preocupados sobre privacidade e segurança de suas comunicações", afirma a carta.


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