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Um dos computadores mais inteligentes do mundo é tão esperto quanto uma criança de quatro anos


Aparelho responde perguntas objetivas, mas tem dificuldade para dar significado às coisas. Computadores são bons para uma série de coisas. Pensar como um ser humano adulto não é uma delas. Ainda.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Illinois Chicago recentemente se dispôs a descobrir em que ponto de avanço nossos computadores com inteligência artificial se encontram. Como fariam com qualquer ser humano de carne e osso, eles deram um teste de QI ao computador. A máquina em questão, um sistema de inteligência artificial ConceptNet 4 desenvolvido por um punhado de mentes brilhantes do MIT, fez o WPPSI, um teste padrão para crianças, e obteve uma pontuação parecida com a que uma criança de quatro anos faria. Embora ele tenha se saído bem em questões com respostas simples e diretas, o computador teve bastante trabalho com perguntas envolvendo “porquês”. Ah, e teve outro detalhe também. “Se uma criança terminasse o teste com esse grau de variações”, disse Robert Sloan, principal autor do estudo, “isso poderia ser um sintoma de que algo está errado”.

Então computadores são ruins ao dar significado às coisas e têm seu potencial em desenvolvimento nulo. Já sabíamos disso, eles são computadores, afinal! De qualquer forma, esse deve ser um bom sinal para todos os humanistas que temem um futuro repleto de máquinas controladoras. Agora que temos relógios inteligentes e smartphones, é fácil pensar em uma inevitável reviravolta por parte dos robôs, estrelando Arnold Schwarzenegger (assim esperamos!). Não será fácil para o exército de robôs obliterar a humanidade se eles tiverem a inteligência coletiva de uma turma da pré-escola. Os cientistas dizem que ainda há um longo caminho a percorrer no desenvolvimento de robôs com senso comum, uma qualidade que as crianças costumam apresentar aos oito anos de idade.

Entretanto, não é difícil nos enganarmos em acreditar que os computadores sejam mais espertos do que são de fato. Ano passado, um estudo da Universidade de Götheberg fez um teste limitado de QI e marcou 150 pontos, um valor tão alto que supera 96% dos humanos. A palavra-chave nesse feito é “limitado”: o computador fez um exame que não tinha testes verbais e, assim, tornou-se bastante acessível a máquinas. (Dica: computadores são realmente bons com números.) A alta pontuação do computador sueco ainda assim é impressionante, mas é preciso levar em conta que ele foi projetado para aquele fim específico. É mais ou menos como dar uma pia de louça suja para uma lava-louças e, uma hora depois, aplaudi-la de pé por ter limpado tudo.

Para a nova geraçao de computadores com inteligência artificial, é um começo. Este ano, produziram um computador com o QI de uma criança de quatro anos. Ano que vem, eles provavelmente irão mirar em cinco anos. Nesse ritmo, em menos de duas décadas começaremos a enviar esses caras para a universidade. Eles crescem tão rápido…  

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