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Especialista ensina a 'hackear' Facebook e Twitter na Campus Party

Professor Fernando Masanori reforçou que o hacker não é necessariamente uma coisa negativa ou ilegal
Professor de programação Fernando Masanori ministrou oficina nesta sexta. Ele explicou que todos os dados acessados nas redes sociais são públicos.

Campuseiros aprenderam a usar um código para acessar dados do Facebook e do Twitter a partir da própria conta pessoal interessada em "hackear". A oficina sobre o processo foi ministrada pelo professor de programação da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de São José dos Campos (SP), Fernando Masanori, na noite desta sexta (19), na Campus Party Recife.

O especialista mostrou como fazer o download de fotos do perfil de todos os amigos do Facebook ao meu mesmo tempo ou dividir uma única conta no Twitter com várias pessoas, que podem utilizá-la simultaneamente. "Qualquer um que tenha internet e baixe o Python [linguagem de códigos] vai conseguir acessar os dados dessas redes sociais", contou Fernando Masanori em entrevista ao G1.

O professor reforçou que o hacker não é necessariamente uma coisa negativa ou ilegal. "O hacker normalmente é a pessoa que entende de tecnologia e faz da melhor forma algo que precisa. A pessoa que utiliza o conhecimento para o mal é o cracker. Vamos acessar dados que são públicos, como fotos de perfil do Facebook", explicou. "Python é uma linguagem de programação que ajuda o usuário a fazer automaticamente algo que poderia ser feito manualmente, como baixar as fotos uma por uma", exemplificou Masanori.

Fernando Masanori é docente da Fatec de São José dos Campos 
Como o download desses arquivos pode ser contra a política de privacidade do Facebook, o professor explicou que realiza um “truque" para conseguir acessar os dados. "No Facebook existe uma página para fazer programação, uma página de desenvolvedores. Nessa página conseguimos acessar os dados do Facebook e copiar a autenticação e utilizá-la dentro de uma hora e meia. A partir daí, podemos baixar todas as fotos rapidamente", disse o professor.

Ele acrescentou que criou um aplicativo para o celular que identifica as pessoas de todas as fotos baixadas do Facebook. "Sou professor e como eu tenho 2,5 mil amigos no Facebook, às vezes não me lembro de todas as pessoas que tenho na rede social. Então, com esse aplicativo, eu clico duas vezes na foto e o nome da pessoa aparece na tela", esclareceu.

Já no Twitter, a "brincadeira" ensinada por Masanori é compartilhar uma única conta.  "O Twitter é mais complicado [de acessar os dados]. Muitas pessoas começaram a invadir o Twitter e agora é mais difícil de acessar. Mas de posse de quatro senhas criadas por mim, é possível qualquer pessoa ter acesso a uma só conta", afirmou. A palestra do especialista atraiu bom público, que pôde aprende o passo a passo dos procedimentos.

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