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Soluções financeiras para o e-commerce B2B

Por: Rodrigo Thedim*


Soluções financeiras para o e-commerce B2B facilitam a vida do micro e pequeno empresário por Rodrigo Thedim (Gerente de Desenvolvimento de Produtos e Vendas - TrustHub).

Diferente de outros nichos da economia, o e-commerce Business-to-Business expande ano a ano no mundo. Segundo dados da consultoria americana de negócios Frost & Sullivan, esta modalidade de negócio apresenta uma taxa de crescimento superior a 20% ao ano desde 2010, e já se tornou o maior gerador de receita online do mundo. A previsão é que deve ultrapassar a marca de U$ 6.7 trilhões em 2020 - ou seja, apenas daqui há dois anos - assumindo o dobro do tamanho do B2C. Tratam-se de números importantes e expressivos que não podem ser ignorados por quem empreende.

O aparecimento e crescimento de marketplaces entre empresas, por exemplo, se tornou também uma alternativa muito interessante para pequenas e grandes empresas transacionarem no mundo eletrônico. Entretanto, apesar da demanda, ainda existe uma escassez de soluções financeiras específicas disponíveis para as transações do e-commerce B2B. As empresas, geralmente, disponibilizam a geração de boleto para pagamento à vista ou com prazos maiores (30/60/90 dias), onde assumem, nesse último caso, o risco de crédito, muitas vezes empiricamente, já que não conseguem efetuar uma análise creditícia assertiva de maneira on-line. A outra opção disponível é o uso dos cartões de crédito. No entanto, é preciso lembrar que cartões envolvem grandes taxas, e nem sempre significa ser opção viável para todas as empresas, já que muitas delas não possuem cartão de crédito corporativo, ou ainda, não conseguem limite para efetuar as compras necessárias, visto que crédito para MPME no Brasil não tem sido algo muito acessível nos bancos. Assim, resta ao empresário, muitas vezes, usar seu cartão pessoal, e é sabido que misturar contas pessoais com contas da empresa, nunca é uma boa ideia.

Outro ponto a ser destacado é a burocracia que envolve as instituições bancárias e os programas de crédito subsidiado, como, por exemplo, o FINAME e o BNDES, que acabam resultando, muitas vezes, em perdas de vendas, o que dificilmente ocorreria se o processo fosse 100% online.

As fintechs chegaram com duas propostas: não só inovar o mercado financeiro, mas também oferecer as melhores oportunidades de negócio B2B para os empresários. É preciso lembrar que em função da alta complexidade nos processos de avaliação de crédito para empresas nas instituições bancárias tradicionais e da incapacidade delas em realizar estes processos com a agilidade necessária, este segmento acaba deixando de ser prioridade para eles, apesar de no Brasil, hoje, já representar o mesmo volume financeiro do mercado B2C, e com menor número de transações absolutas.

No cenário atual e no projetado, não faz o menor sentido que as transações do mercado eletrônico entre empresas sejam realizadas de forma fragmentada: parte online e parte offline. É possível encontrar fintechs que oferecem ao e-commerce B2B soluções 100% online para análise de crédito e pagamento parcelado de compras, sem as burocracias usuais e com taxas mais justas.


*Rodrigo Thedim é gerente de desenvolvimento de produtos e vendas da TrustHub.


Fonte: E-commerce B2B

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