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Semana da Pátria 2018 tem identidade destacada através da percepção das crianças


Retratar o que representa a família, a escola e a comunidade em um desenho com a percepção de uma criança. Essa foi a intenção da comissão que coordena a Semana da Pátria para a campanha deste ano. A identidade visual produzida pela Assessoria de Comunicação foi elaborada levando em consideração o olhar dos pequenos, tanto nos traços finos, quanto na pintura um pouco "desajeitada" e ainda ganhando formas. Elementos que representam o dia a dia de uma criança, tão simples e ao mesmo tempo tão complexos viraram a marca da Semana da Pátria 2018.

O coordenador geral da Semana da Pátria 2018, professor Marcos Gentil da Secretaria de Educação de Santarém explicou que o sentido pedagógico da identidade visual alusiva a Independência do Brasil deste ano, pode ser compreendido pela reprodução dos olhares de uma criança a respeito do mundo que ela vive.
Segundo ele, a identidade visual surgiu a partir do tema "Família, escola e comunidade: todos por uma Cultura de Paz". A ideia foi buscar possibilidades que dialogassem a partir do olhar de uma criança; que não fosse um olhar único, mas que permitisse significações diversas. Além disso, que também permitisse as instituições e os atores sociais envolvidos com a educação uma reflexão profunda. "Dessa forma, a partir da temática pode-se refletir, debater e ampliar essa visão da cultura de paz, para além da ausência da violência física, discutir também aquela violência que atinge a relação das pessoas e até a maneira como nos comunicamos com os outros. Ou seja, uma reflexão relacionada ao que se acredita em termos de educação, de sociedade e da crença de que se pode construir um mundo melhor a partir da educação", enfatizou.
Coordenador geral da Semana da Pátria 2018, professor Marcos GentilGentil disse ainda que pensar a partir do tema é trazer o imaginário da criança através de um olhar lúdico, representar o meio em que ela está inserida, as experiências e a visão que ela tem, por meio de questionamentos: qual a visão de escola que ela possui? O que significa a escola que ela frequenta? Qual a visão e a configuração de família que ela pertence? Uma reflexão, que segundo Marcos Gentil não significa, necessariamente, ser o modelo padrão de família que se conhece tradicionalmente, mas considerando a realidade atual com as várias configurações.

Pensar nesse tema também remete a relação com o meio ambiente, com a natureza e que a cultura de paz também pode ser vista dessa maneira. Não apenas como nos relacionamos com o outro, mas também com o meio, com a natureza, com os animais, com todas essas situações que estão em volta da criança. 

"A cultura de paz que podemos perceber na identidade visual da Semana da Pátria de 2018 tem relação com o brincar, que é um direito constitucional e educacional da criança e o seu olhar acerca do espaço que ela está inserida e que ela experimenta como ela enxerga a sua escola, a sua professora, a sua família e a comunidade. Tudo de uma forma lúdica porque o olhar da criança é predominantemente lúdico", constatou Gentil.

O coordenador acrescentou que a identidade visual permite possibilidades de problematização que podem ser utilizadas pelas escolas. "Talvez não seja essa configuração de família, não seja a escola que ela estuda, mas a escola e a família que ela tem, com todas as dificuldades e problemas, ainda é a melhor família, a melhor escola, o melhor professor, o melhor espaço que ela brinca e que ela gosta de estar", imaginou.

Gentil destacou que a Bandeira do Brasil no cenário representa o nosso civismo, o amor pela Pátria e o compromisso do país com a educação, meio pelo qual se espera que ocorram as mudanças para melhor. "O sol e o céu que aparecem na identidade visual representam o horizonte, a liberdade e amplitude do conhecimento que se descortinam por meio da educação".

Marcos Gentil disse que a criança pode ter um presente e um futuro melhor para si e para o outro através da educação. "Então essa identidade visual traz elementos importantes do ponto de vista do imaginário infantil, que podem ser problematizados e ressignificados a partir de cada realidade em que a criança, a família e a comunidade estão inseridas", concluiu.

Fonte: Semana da Pátria 2018

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