No PA, greve continua após 64 dias sem aulas na rede estadual de ensino
Assembleia da categoria foi realizada nesta quarta-feira, 29. Ato está marcado para a próxima sexta-feira, na abertura da Feira do Livro.
A greve dos professores da rede estadual de ensino no Pará continua após 64 dias sem aulas nas escolas. A categoria aprovou a manutenção da paralisação após uma assembleia geral realizada nesta quarta-feira (27), na sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na avenida Augusto Montenegro, em Belém.
Os manifestantes decidiram mobilizar as escolas na próxima quinta-feira (28) e realizar um ato na sexta-feira (29), às 16 horas, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Na ocasião será realizada uma assembleia entre os integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp), durante a abertura da XIX Feira Pan Amazônica do Livro.
Propostas do Governo
A proposta prevê um reajuste de 13,01% no vencimento-base da categoria, obedecendo à variação no valor do novo Piso Salarial da Educação, a partir da folha de pagamento do mês de abril. Segundo o Governo do Estado, um professor em início de carreira, lotado com 220 horas em regência e 70 horas suplementares, vai receber R$ 5.520 por mês. O pagamento de piso retroativo será feito em quatro parcelas, duas em ainda em 2015 e duas em 2016.
Com relação à carga horária, o Governo do Estado diz que implementará a carga horária de 150 horas em sala de aula e 50 de atividades, até o limite de 220h, com horas suplementares. Sobre a realização de concurso público, o governo afirma que vai realizar concurso em 2015, caso seja necessário, e quanto ao PCCR, será composta uma comissão para analisar as propostas. A reforma das escolas está inclusa em um programa de reconstrução que será disponibilizado no site da Seduc, juntamente com o o cronograma das obras em execução e o processo licitatório de cada uma delas.
Reivindicações
Os professores pedem o pagamento de piso salarial, a ampliação das horas-atividade, que são o período de preparação para as aulas, e que o ponto dos grevistas não seja cortado. Na última terça (19), a Justiça determinou que os dias parados sejam descontados do salário dos grevistas.
O Comando de Greve diz que, mesmo diante da contra argumentação do Sindicato na reunião desta quarta, não houve consenso com o Governo. A Coordenação do Sintepp vai realizar visita ao Ministério Público do Estado (MPE) e demais órgãos para denunciar a postura do Governo do Estado de manter o corte de ponto e impedir a reposição das aulas.
Fonte: Belém
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