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Empresa santarena se destaca por não poluir meio ambiente

Elieldo Macedo fala do trabalho desenvolvido pela Cerâmica Macedo

O empresário Elieldo Macêdo, proprietário da empresa Cerâmica Macêdo, esteve em nossa redação para falar sobre o trabalho que desenvolve em Santarém. Elieldo, que é um dos maiores empresários do ramo das cerâmicas em nosso Município, em entrevista exclusiva, conta um pouco de sua história e sua vida empresarial. Veja a entrevista:

Jornal O Impacto: Elieldo, sua empresa é um negócio familiar?

Elieldo Macêdo: Com certeza. A empresa surgiu em 1986, fundada e criada pelo meu pai, que depois de alguns anos veio a falecer. Passou pelas mãos de outros irmãos até chegar em nossa administração. Quem toca a empresa hoje somos nós, um filho, uma nora, uma sobrinha e um irmão. Diretamente dentro da administração da empresa.

Jornal O Impacto: Hoje a empresa está localizada no bairro do Ipanema, mas ela começou onde?

Elieldo Macêdo: Nós estávamos na Avenida Moaçara, quando meu pai faleceu. Ele era mais cauteloso em termo de investimentos. Quando assumimos a empresa, nós fizemos investimentos em equipamentos novos, já não comportava ali dentro, foi quando nós abrimos lá no bairro Ipanema, onde no início não existia vizinhança, com o passar do tempo nós já estávamos rodeados pelas casas, pelos vizinhos e começando a incomodar a vizinhança.

Jornal O Impacto: Hoje vocês estão localizados no bairro do Ipanema. É aquela história, no começo tudo se inicia pelo equipamento. Você pode contar um pouco sobre esse processo, hoje a coisa é diferente, seu equipamento é de ponta?

Elieldo Macêdo: Nós buscamos novas tecnologias, mas no início para você ter uma ideia, as máquinas que faziam os tijolos eram fabricadas aqui mesmo em Santarém, então, eram máquinas pequenas, trabalho totalmente manual, a extração da argila era feita em barquinhos pequenos, mergulhando, tirando aquela bola de barro, colocava no ombro, jogava no barco, trazia e embarcava em um caminhão para chegar na cerâmica para poder ela ser processada. Hoje estamos a um passo mais à frente, nossos equipamentos já trabalham praticamente sozinhos e pouquíssima mão de obra é utilizada, mais na entrega do que propriamente fabricando.

Jornal O Impacto: Em termos de matéria prima, no bom sentido, apertou muito esse setor pela questão do meio ambiente, preservação da natureza. Como que é hoje a convivência de vocês?

Elieldo Macêdo: A gente procura dentro do possível manter nossa empresa dentro do ecologicamente correto, procurando manter nossas licenças, evitando ao máximo a emissão de gases e poluentes no ar. Nós temos uma fábrica desativada aqui em nosso complexo que se você olhar para ela, você vai perceber que ela tem cinco chaminés, todas desativadas, nem um emitindo poluentes e nem gases, e com uma outra fábrica em pleno funcionamento com uma chaminé só, produzindo três “X” do que se produzia naquela outra com zero de emissão de gases e poluentes.

Jornal O Impacto: Em termos de produção, vocês exportam? Tiveram que aumentar muito a produtividade?

Elieldo Macêdo: Com relação à nossa produção, saímos de um X para três X e com isso no momento dá um certo impacto, parece muito volume, mas por a gente ter uma certa credibilidade no mercado, não temos muita dificuldade para escoar essa produção.

Jornal O Impacto: E hoje, pelas informações que tivemos, você tem os equipamentos mais modernos da região?

Elieldo Macêdo: Não só da região, mas a nível de Brasil o que há de melhor no setor cerâmico, nós temos dentro de Santarém. De certa forma a tecnologia facilitou e diversificou, antigamente só ouvíamos falar de tijolos de três e seis furos, hoje os tijolos podem ser feitos do tamanho e o modelo que quiser. Nós estamos preparados e, hoje, com essa nova tecnologia implantada aqui na nossa empresa, o tijolo que você encomendar conseguimos lhe entregar em cinco dias, antigamente entregávamos em 25 dias, dependendo da quantidade, tempo e condições climáticas.

Jornal O Impacto: Você foi presidente do sindicato que envolve a indústria e as empresas; aquela lenga-lenga de se instalar o Distrito Industrial e de ter o espaço para esse setor. Você tem alguma informação de como está isso?

Elieldo Macêdo: A informação que nós temos é a de que vem andando a passos lentos, mas está andando. A preocupação dos nossos colegas é geral quanto a legalidade desse Distrito Industrial, porque queira ou não a cidade está crescendo, está abraçando as empresas das indústrias cerâmicas e aquilo que já foi dito antes, isso vai gerando alguns conflitos que podem ocasionar paradas de empresas, talvez até a falta de um produto em Santarém que você seria obrigado trazer de um Município vizinho, custando muito mais caro para o consumidor final.

Jornal O Impacto: Como é que a empresa trabalha em termos de vendas, vocês têm vendedores que visitam as cidades vizinhas, os bairros ou a encomenda deve ser feita direto aqui pelo escritório?

Elieldo Macêdo: Nossa venda direta é no escritório da empresa, não temos posto de venda, nem vendedor de rua. Alguém faz algum contato, então, vai um representante da empresa para fechar algum negócio, se for preciso visitar fora da empresa.

Jornal O Impacto: Já que estamos falando da história da empresa, desde o início dela, então, identifique a sua família, seu pais, sua mãe, seus irmãos.

Elieldo Macêdo: Sou filho do Francisco Oliveira de Sousa, conhecido como Chicão, quando se tem parente rico na família, “Chicão cunhado do Raimundo Amâncio”. Então, era como ele era conhecido. Minha mãe é irmã do saudoso Raimundo Amâncio, hoje falecido, foi quem iniciou esse trabalho no setor oleiro-cerâmico. Hoje estamos à frente da empresa, os outros irmãos não quiseram tocar. Estamos eu e outro irmão tocando esse barco.

Jornal O Impacto: Como está o comércio? O campo para esse setor está fértil? Existe muita fartura, tem como crescer mais?

Elieldo Macêdo: Podemos dizer que há grande dificuldade do setor oleiro-cerâmico, sem falar exclusivamente da Cerâmica Macêdo, no geral, você ter o trabalho das empresas clandestinas, aquelas empresas que não procuram se regularizar, que não dão IPI para funcionário, que não pagam imposto, que ficam fazendo “gatos”, roubando energia da Celpa. Isso que de fato atrapalha o setor de modo geral, porque você contribui, você dá um retorno para a sociedade, mas tem alguns colegas que insistem em ficar na clandestinidade. A gente cobra atitude do governo e da Celpa, pois quando vem qualquer tipo de fiscalização, qualquer aperto de modo geral, só vem nas empresas que estão legalizadas, porque eles tem a lista das que estão legalizadas. Quando estávamos à frente do Sindicato, apresentamos todas as empresas de Santarém para a Secretaria de Meio Ambiente.

Jornal O Impacto: Qual sua mensagem para os novos empreendedores?

Elieldo Macêdo: Primeiramente você tem que querer. Se você quiser, faça um estudo, se tiver viabilidade você vai conseguir. Aqui não foi fácil, mas com muita luta estamos conseguindo. Nossa grande preocupação, como empreendedor, é estar trazendo qualidade de ponta para nossos clientes. Hoje exportamos produtos para todas as cidades do Oeste do Pará, ou seja, de Oriximiná a Itaituba estamos atendendo.  Estamos na Avenida Acaranã, número 1100, a 200 metros da BR-163.

Por: Jefferson Miranda

Fonte: RG 15/O Impacto

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