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ONU Mulheres faz um chamado para cidadãos e cidadãs no mundo colocarem a igualdade de gênero em foco


Lançamento da campanha Pequim + 20 “Empoderar as mulheres. Empoderar a humanidade. Imagine!”

A ONU Mulheres lança hoje uma importante campanha no período prévio à comemoração do 20º aniversário da histórica 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada em Pequim. Um ano de atividades em todo o mundo pretende mobilizar tanto os governos como cidadãos e cidadãs para imaginar um mundo em que a igualdade de gênero seja uma realidade e se unir a um debate mundial sobre o empoderamento das mulheres com a finalidade de empoderar a humanidade.

Os eventos estarão centrados nos avanços e nas lacunas para a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres nos 189 governos que adotaram a Declaração e a Plataforma de Ação de Pequim de 1995. Esta proposta visionária abre o caminho para uma plena e igualitária participação das mulheres em todos os âmbitos da vida e na tomada de decisões.

“A Plataforma de Ação de Pequim é uma promessa ainda não cumprida para as mulheres e meninas”, declara Phumzile Mlambo-Ngcuka, Diretora Executiva da ONU Mulheres. “O nosso objetivo é claro: renovar o compromisso, fortalecer a ação e incrementar os recursos para alcançar a igualdade de gênero, o empoderamento da mulher e o cumprimento dos direitos humanos das mulheres e meninas”.

A Conferência Mundial sobre a Mulher de Pequim teve a presença de 17.000 participantes e30.000 pessoas assistiram ao fórum de ONGs. Em 2015, as Nações Unidas avaliarão o processo nos últimos 20 anos na aplicação da Plataforma de Ação de Pequim, baseando-se nos relatórios nacionais que estão sendo preparados pelos Estados-membros da ONU.

A campanha se iniciará com um twitaço global durante um dia. São grupos participantes da ação: ONU, Lean In, Associação Cristã Feminina Mundial, Associação Mundial das Guías Scouts, Half the Sky, Lobby Europeu das Mulheress, Centro de Mulheres e Mídia, Devex e outras e outros especialistas regionais e nacionais.

A ONU Mulheres apresentará um centro de informação mundial que contará com várias declarações e testemunhos de pessoas sobre as suas experiências pessoais referentes aos avanços de direitos, celebridades defensoras da causa, assim como um calendário para acompanhar os acontecimentos de Pequim +20. A plataforma web HeforShe (EleporEla) mostrará homens com destaque que atuam para POR fim À violência contra as mulheres e PARA fomentar a igualdade. A ONU Mulheres apoiará a participação através da sua rede de escritórios nacionais e apresentará uma aplicação interativa para o facebook chamada “Cerremos la brecha junt@s” (Fechemos a brecha junt@s).

“O aniversário se comemora num momento histórico”, assinala Mlambo-Ngcuka, da ONU Mulheres, “pois os países de todo o mundo combinam esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em 2015 e definir um novo marco para o desenvolvimento mundial. Temos que aproveitar essa oportunidade única nessa geração para colocar de forma firme a igualdade de gênero, os direitos e o empoderamento das mulheres entre as prioridades da agenda mundial e fazer com que isso seja uma realidade”.

Durante a campanha estão planejados vários acontecimentos relevantes em todo o mundo. No mês de junho, dezenas de milhares de pessoas se reunirão na Suécia para promover a proteção dos direitos humanos das mulheres e meninas. Na Conferência sobre o Clima, em setembro, em Nova Iorque, outro acontecimento reunirá Chefas de Estado e ativistas. Em novembro, na Índia, homens e meninas demonstração seu apoio em favor da igualdade de gênero.

A comemoração formal do 20º aniversário acontecerá durante o 59º período de sessões da Comissão sobre a Condição Jurídica e Social da Mulher e o Dia Internacional da Mulher de 2015, os quais serão dedicados a Pequim + 20. Também está programada, para setembro de 2015, uma reunião de alto nível para a adoção de compromissos.

Durante as duas últimas décadas ocorreram progressos importantes nos direitos jurídicos, avanços na educação e na participação de mulheres na vida pública. Contudo, ainda há muito por fazer para acabar com a desigualdade de gênero nos salários e nas oportunidades, a baixa representação de mulheres nos cargos de liderança tanto no setor público como no privado, o casamento infantil e a desenfreada violência e outras violações que acometem mulheres e meninas.

“Faço hoje um chamado a todos e todas no mundo para que sejam parte da solução”, destaca Mlambo-Ngcuka. “Imagine. Juntas e juntos podemos alcançar a promessa de Pequim: igualdade entre mulheres e homens”.

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