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Adolescente escreve carta para Papai Noel com pedido de transplante de córneas


Ele sofre de doença nas córneas e até já reprovou na escola por enxergar muito pouco. “O que eu quero, se for possível, pedir pra você, uma cirurgia de córnea, necessito de transplante. Pois eu estou com baixo rendimento no colégio e perdi uma oportunidade de trabalhar no Menor Aprendiz porque minha visão está muito baixa”. Este trecho é parte de uma carta enviada ao Papai Noel pelo estudante David Oliveira da Silva, de 14 anos. O jovem, que mora no Recanto das Emas (DF), sofre de ceratocone, uma doença que atinge as córneas e, por isso enxerga muito pouco. Para resolver o problema, ele precisa de um transplante de córneas.

— Estou com problemas na escola, pois não consigo enxergar o quadro. Preciso forçar muito os olhos.

O adolescente chegou a ganhar uma cirurgia de transplante, em julho deste ano. A operação seria feita na cidade de Sorocaba (SP), mas, por falta de dinheiro para viajar, acabou perdendo a oportunidade. A mãe de David, a copeira Francinete Oliveira Santos, está desempregada e não pode, por exemplo, comprar um tipo de lentes especiais, que melhorariam um pouco a visão do filho. O produto custa cerca de R$ 1.200.

Na escola pública em que David estuda, os funcionários e colegas se comoveram com a causa, principalmente depois da carta de natal escrita por ele. O pedido do estudante surpreendeu o gestor do colégio, Marcio Jesus Faria.

— Quase todos os alunos pediram coisas como celulares e skates e ele pediu um transplante para enxergar. Ficamos emocionados aqui na escola.



A mãe do garoto conta que, aos seis anos de idade, David começou a usar óculos e, a cada ano, o grau das lentes aumentava. Até que, no ano passado, quando os óculos não surtiam mais efeito, descobriu-se que o garoto tinha ceratocone. 

— Meu filho é esforçado na escola e não me dá trabalho. Por causa do problema de vista, ele já reprovou duas vezes. É difícil. Na outra escola, os colegas zombavam dele.

A copeira, que está desempregada, conta ainda que o filho gosta de desenhar, mas não tem conseguido mais, devido à doença nos olhos. A esperança para ela e David é conseguir novamente uma vaga em um hospital que faça o transplante e, caso seja em outra cidade, conseguir o dinheiro necessário para a viagem.

Na escola do adolescente, funcionários chegaram a arrecadar dinheiro para pagar uma futura cirurgia, de acordo com a professora Elizabete da Silva.

— Estamos mobilizados com a situação de David e toda ajuda é bem vinda.

Quem quiser ajudar, pode falar com a mãe do garoto, Francinete, pelo telefone (61) 8535 6770.



Fonte: R7

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