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Dia de Proteção às Florestas é marcado pelo cuidado com a flora e com a fauna


Empresas fazem reflorestamento das áreas mineradas e trabalham na realocação das espécies ao habitat natural.
  
            Segundo o último levantamento do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) o desmatamento da Amazônia aumentou mais de 200%, em 2014. No Pará, as áreas desmatadas correspondem a 25% desse total e o principal influenciador nessa estatística é a grilagem, que é a invasão de terras públicas. Além das ações de instituições governamentais, entidades de classe e ONGs, o setor industrial tem sido fundamental para a mudança desse cenário. Hoje (17), no dia em que se comemora a Proteção às Florestas, empresas reafirmam o compromisso de preservação dos recursos naturais ao desenvolver atividades voltadas à recuperação de áreas mineradas, com o reflorestamento e o resgate da fauna.


Em Barcarena, as empresas Alumínio Brasileiro S/A (Albras) e Hydro Alunorte desenvolvem um trabalho de conservação da mata ciliar, por meio da campanha “Plante árvores, preserve a vida”, que trata sobre o conceito da preservação do meio ambiente. O projeto é realizado pelo programa Voluntários Albras e Hydro Alunorte.


        Na última ação realizada, no começo de julho, os empregados entregaram 50 mudas de açaizeiro e plantaram mais 30 na propriedade de um morador. Mais dois moradores da comunidade já disponibilizaram espaço para o plantio. O objetivo é evitar o assoreamento, acúmulo de areia e outros materiais, na margem do rio. “O trabalho é bastante proveitoso, pois contamos com o incentivo das empresas para preservar o rio Murucupi, que corta a comunidade”, conta Maria da Rocha Silva, presidente da associação de moradores da comunidade.


           Para Layana Batista, engenheira ambiental da Hydro Alunorte, participar da ação foi gratificante em vários sentidos: “Estamos fazendo o bem para a natureza, para outra pessoa e praticando o nosso papel de cidadão, além disso, posso compartilhar meu conhecimento sobre o assunto”.


De acordo com a legislação ambiental vigente, toda área que tiver sua composição florística alterada, seja pela mineração ou por outro empreendimento, deve reparar ou compensar os danos causados. “É preciso deixar claro que a vasta e extensa legislação ambiental do país impõe às mineradoras a necessidade de reparar os dados e mitigar impactos, havendo determinação constitucional expressa e específica neste sentido referente à mineração”, ressalta o advogado ambiental Daniel Athias, do escritório Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro e Scaff – Advogados.


Resgate da fauna reduz impactos no ecossistema florestal

Para mitigar os impactos sobre a fauna e flora, a Alcoa realiza em Juruti, município do oeste paraense onde opera uma mina de bauxita, ações voltadas à recuperação da vegetação nas áreas mineradas e resgate de animais raros, endêmicos e ameaçados de extinção. Antes e durante a atividade de supressão vegetal é realizada a captura da fauna e, em seguida, as espécies são realocadas em área de floresta com características similares a anterior.

“A fauna atua de forma fundamental na manutenção e restauração dos ambientes naturais, principalmente nas florestas tropicais, onde cerca de 90% das espécies vegetais arbóreas têm suas flores polinizadas e suas sementes dispersas por animais”, explica Volnei Tenfen, superintendente de Meio Ambiente da Alcoa.

Para reforçar as ações de conservação da fauna local, a Alcoa lançou a campanha “Animais Eu Protejo”, que visa à prevenção de incidentes com animais em rodovia e ferrovia. Todos os funcionários que identificarem uma condição insegura para um animal devem entrar em contato com a Central de Comunicação de Emergência da empresa para que seja feito o resgate do animal e em seguida realizada a soltura em local seguro.

Ipixuna - Outro importante trabalho de resgaste da fauna é realizado em Ipixuna do Pará, no nordeste paraense, pela Imerys, mineradora que atua com caulim. A empresa vem reflorestando áreas mineradas desde 1998 no município, onde funcionam as duas minas de caulim. De acordo com Roberto Roche, diretor de EHS da empresa, o remanejamento e resgate da fauna é fundamental. “Depois da recuperação da área, reinserimos a fauna local. Hoje, o que temos feito agora é acompanhar a volta dos animais para a floresta, para entender se o trabalho foi válido. Significa que observamos por que elas não voltaram e o que podemos fazer para que elas retornem”, explica.

            A ação é acompanhada por profissionais especializados. Rafael Ferreira, biólogo da empresa, conta que a prioridade são espécies com dificuldade de deslocamento: “Os animais resgatados são avaliados pela veterinária; os que não têm lesões são soltos em locais próximos aos que foram encontrados e os que não têm condições vão para uma avaliação clínica e são cuidados, antes de serem soltos”.

O programa de salvamento de animais silvestres é realizado com todas as licenças e autorizações emitidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema). Antes do início das atividades, é realizado um treinamento de manejo de fauna silvestre, uso adequado dos equipamentos de contenção de fauna, além do treinamento em prevenção de acidentes com animais peçonhentos e uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).

Fonte: Temple Comunicação

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