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Família de motorista que atropelou ciclista recebeu ameaças, diz advogado


Estudante está preso em um centro de detenção provisória e aguarda a decisão da Justiça sobre um pedido de liberdade feito pela defesa

Alex Siwek, de 22 anos, jogou o braço amputado da vítima em um córrego. Os pais do estudante de psicologia Alex Siwek, de 22 anos, disseram ter recebido ameaças de morte por telefone após o rapaz ter atropelado o ciclista David Santos de Moura, na avenida Paulista, na madrugada de domingo (10). A afirmação foi feita nesta segunda-feira (11) pelo advogado dele, Pablo Naves Testoni, em entrevista ao R7.

Após atropelar David, que teve o braço amputado na hora da batida, Alex fugiu do local. O braço ficou preso ao veículo e foi jogado pelo motorista em um córrego, na avenida Ricardo Jafet, na zona sul de São Paulo. Se o membro fosse levado ao hospital rapidamente, poderia ter sido reimplantado, com chances de sucesso, segundo médicos.

Ele tinha deixado uma casa noturna no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, o jovem bebeu antes de dirigir. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas um exame clínico comprovou a embriaguez. Uma comanda no nome dele mostra que foram consumidas três doses de vodca e um energético.

Segundo Testoni, desde o dia do acidente, a família do estudante está preocupada com a repercussão do caso.

— Não sei como, conseguiram o telefone da casa dele e a mãe, no domingo, atendeu telefonemas com ameaças, inclusive de morte. Ela ficou abalada. O pai é uma pessoa consciente e faz questão que o filho pague por aquilo que fez.


O pai dele foi no domingo ao 78º Distrito Policial (Jardins), onde o rapaz se apresentou pouco tempo após o acidente, e foi hostilizado por populares. De acordo com Testoni, algumas pessoas se exaltaram quando ele deixou o local para ir a uma padaria tomar café.

Alex é filho único e está no primeiro ano do curso de psicologia. Ele contou ao advogado que depois do acidente, estava a caminho de casa, muito nervoso, e viu o braço no carro.

— Por um lapso que ele não consegue compreender, jogou [o braço] no rio. Eu também não consigo entender a questão de ele ter jogado o braço. Consigo entender o fato de ele ter fugido do local. Um carro que veio logo atrás passou em cima de uns cones e algumas pessoas o cercaram, achando que era o responsável. Ele ficou com medo de ser linchado.

A defesa apresentou à Justiça nesta segunda-feira (11) um pedido de liberdade provisória. Para que Alex saia da cadeia, os advogados alegaram que ele é estudante, réu primário e tem residência fixa. Caso o juiz não autorize, ainda cabe um pedido de habeas corpus. Ele foi transferido do 2º Distrito Policial (Bom Retiro) para o Centro de Detenção Provisória Belém II. 

A vítima foi levada ao Hospital das Clínicas, onde passou por cirurgia. Na tarde de segunda, David saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e foi transferido para um quarto. Não há previsão de quando ele deva receber alta. 


Fonte: São Paulo, R7

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