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G1 testou: smartphone Nexus 4, do Google, chega ao Brasil


Aparelho desbloqueado será vendido por R$ 1,7 mil apenas em varejistas. Com tela de 4,7 polegadas, celular é maior e mais pesado que iPhone 5.


O Google lançou nesta quarta-feira (27) no Brasil o smartphone Nexus 4, o primeiro da linha Nexus a chegar ao país. Por R$ 1,7 mil, o aparelho fabricado no Brasil pela LG será vendido nas lojas físicas e on-line da Fast Shop e do Ponto Frio desbloqueado. Inicialmente, o smartphone não será oferecido com contrato por operadoras.

O smartphone foi apresentado pelo Google em evento na cidade de São Paulo com a presença do brasileiro Hugo Barra, vice-presidente global de Android.

"O Brasil chegou a ocupar a quarta posição mundial em venda de Android em dezembro de 2012. O Nexus é o Android na sua mais pura forma e tem a maior e mais completa integração com os produtos do Google", disse Barra. "É o melhor Nexus que já criamos e um dos smartphones mais rápidos do mercado".

A partir desta quarta (27), o Nexus 4 já estará disponível nas lojas físicas da Fast Shop em São Paulo e no Rio de Janeiro. A varejista ainda não tem previsão de chegada do aparelho em outros estados. Na rede Ponto Frio, o aparelho começa a ser vendido nas suas lojas físicas somente na cidade de São Paulo. Em uma segunda onda, serão abastecidas mais lojas da empresa, informou a rede ao G1.

Além das lojas virtuais da Fast Shop e do Ponto Frio, a Americanas.com também começou a comercializar o smartphone na internet, segundo Pablo Vidal, diretor de marketing da LG no Brasil. "É um produto que, sem dúvida, tem o melhor custo benefício do mercado brasileiro", acrescentou o executivo. O rival iPhone 5, desbloqueado, custa a partir de R$ 2,4 mil.

G1 testou

Com 9,1 mm de espessura e pesando 139 gramas, o Nexus 4 é maior e mais pesado que seu principal concorrente, o iPhone 5 (7,6 mm de espessura e 112 gramas). No manuseio do aparelho, o usuário pode ter dificuldade em usar um único dedo para clicar nos ícones da tela sensível ao toque de 4,7 polegadas (11,9 cm na diagonal). Com resolução de 1280 x 768 pixels, a tela é revestida pela tecnologia Corning Gorilla Glass 2, que deixa o aparelho mais resistente contra riscos e batidas.

Assim como outros dispositivos da linha, o Nexus 4 traz a "chamada experiência pura" do Google no sistema operacional Android 4.2.2 (Jelly Bean). “Não há customizações de fabricantes ou operadoras”, explica Patricia Correa, responsável pelo marketing do Android para a América Latina. “É a mais pura experiência Android, como o Google acredita que deve ser”. Conforme a executiva, todas as atualizações do sistema operacional chegam automaticamente pelo Google, sem passar pela fabricante. Com isso, os usuários da linha Nexus são os primeiros a ter as versões mais recentes e seguras do Android.



Entre os aplicativos do Google já disponíveis no aparelho estão: Currents, Earth, Gmail, Google Now, Google+, Local, Maps, Messenger, Talk, Voice Search e YouTube. Pelo aplicativo do Google+, todas as fotos e vídeos feitos no smartphone, que conta com 16 gigabytes (GB) de armazenamento, são guardados automaticamente na nuvem em tamanho original. Segundo a companhia, o upload instantâneo cria álbuns privados no Google+.


A companhia atrasou a chegada do Nexus 4 ao Brasil – quatro meses após o lançamento nos Estados Unidos, onde custa US$ 300 – pois tinha outros países como prioridade, conforme Patricia. Sem suporte à rede de quarta geração (4G) do Brasil, o smartphone conta com conexão 3G, Wi-Fi e NFC (sigla para Near Field Communication, uma tecnologia que permite transmissão de dados entre dois aparelhos ao aproximá-los). Pelo NFC é possível fazer pagamentos ou transferir arquivos apenas ao aproximar o celular de outra máquina com a tecnologia.

Com um processador Qualcomm Snapdragon de quatro núcleos e 2 GB de memória RAM, o Nexus 4 é um smartphone muito rápido. Para acessar vídeos e páginas na web pelo navegador Chrome, os itens e imagens são baixados rapidamente. Além de autocompletar endereços de web, o Chrome carrega mais rápido páginas que o usuário já visitou. Outro destaque do navegador no Android é a possibilidade de ir para outros sites abertos apenas ao deslizar o dedo sobre as páginas de um lado para outro.

Porém, sem botão físico, o aparelho corre o risco de travar e não oferecer opção ao usuário de voltar ao menu inicial. O G1 precisou reiniciá-lo, por exemplo, depois que o aparelho travou na abertura do Google Earth. O smartphone tem três botões na tela sensível ao toque: uma flecha para voltar, um botão “home” e outro que mostra uma prévia dos aplicativos abertos.


Escrita por gestos

O Nexus 4 vem com a opção de “escrita por gestos“, que permite inserir uma mensagem apenas ao deslizar os dedos nas letras para formar palavras. Ao fazer o movimento com o dedo, a função mostra o percurso do gesto e dá três sugestões de palavras.

No teste feito pelo G1, a “escrita por gestos“ reconheceu artistas famosos e cidades brasileiras. Ao deslizar o dedo para escrever Chico Buarque e Leonardo DiCaprio, por exemplo, o recurso sugeriu os nomes dos artistas.

Google Now

Um dos principais destaques do aparelho é o Google Now. Com ele, o usuário não precisa pedir informações ao telefone. Elas surgem automaticamente pelo histórico de localização do celular e por meio de dados fornecidos pelo usuário ao Google.


Ao pressionar e segurar o botão “home”, surge um ícone do Google que leva ao menu do Google Now, onde é possível visualizar cartões com informações úteis ao usuário: previsão do tempo, endereço do próximo compromisso, direções de caminho, alertas de trânsito etc.

“Quanto mais o usuário usar os serviços do Google, mais os dados mostrados se tornarão ricos. O Google Now vai aprendendo o seu perfil e guardando todas as informações para usá-las depois. Para funcionar, o usuário deve configurar para que os dados sejam compartilhados. Ele pode decidir quais cartões quer ativar”, explica Patricia.

O Google Now usa e armazena o histórico de localização do usuário para emitir alertas de trânsito e direções. O aplicativo também acessa informações guardadas em produtos do Google, como calendário e Gmail, para enviar lembretes e sugestões, além de usar dados de produtos terceiros com a permissão de acesso pelo usuário.

Câmera


A câmera traseira do aparelho tem 8 megapixels (MP), mas o usuário tem a opção de fazer fotos menores, com 5 MP ou 3 MP. A câmera frontal tem resolução de 1,3 MP. Além da opção de tirar fotos com flash, a câmera vem com as funções HDR (High Dynamic Range) e de controle de exposição de luz.

O Nexus 4 traz ainda diversas ferramentas de edição de foto: é possível colocar filtros, molduras, cortar a foto, rodá-la para a esquerda e direita, virar a imagem com a função de espelho, além de funções que permitem melhorar as cores, o brilho, o contraste e a textura da foto. Ao deslizar o dedo de cima para baixo na imagem é possível ver como a foto era antes das modificações.

Além do recurso de foto panorâmica, a câmera vem com uma função chamada Photo Sphere, que faz fotos em 360 graus como as do Street View. O aparelho vai mostrando “pontos” que o usuário deve mirar para tirar uma foto. No fim do processo, a câmera une todas as imagens e cria uma única em 360 graus. Porém, o resultado nem sempre é satisfatório. O ideal é não estar em um ambiente com muita movimentação. Além disso, como a câmera tira várias fotos para depois uni-las, a “colagem” pode apresentar falhas. As imagens feitas no Photo Sphere podem ser compartilhadas no Google Maps ou publicadas na rede social Google+, onde é possível navegar pela foto como no Street View.

Reconhecimento facial

O Nexus 4 permite desbloquear a tela do aparelho por meio do reconhecimento facial. Apenas ao olhar para o smartphone, a tela é destravada em poucos segundos. Para usá-lo dessa forma, o usuário deve fazer uma foto do seu rosto e guardar no dispositivo. É possível melhorar o reconhecimento da face ao fazer uma segunda foto em condições diferentes: com barba, óculos ou em um ambiente com pouca luz.


Porém, assim que o usuário opta por usar o reconhecimento facial, o Google avisa que o desbloqueio de tela pelo rosto é menos seguro que o uso da senha tradicional. Conforme a companhia, uma pessoa semelhante poderia conseguir desbloquear a tela, por exemplo.

No teste feito pelo G1 foi possível destravar o aparelho ao mostrar uma foto do usuário. Mas é possível ativar um recurso que checa se é o usuário, e não uma foto, que está tentando fazer o desbloqueio. Chamada "Liveness check", a função pede que o usuário pisque os olhos para destravar o aparelho.

Com a tela bloqueada, o Nexus traz a possibilidade de selecionar alguns aplicativos que podem ser usados mesmo com o celular travado. O usuário não precisa, por exemplo, desbloquear a tela para usar a câmera. Na tela de bloqueio, apenas ao deslizar o dedo da direita para a esquerda, a câmera já aparece.

Outro destaque do Nexus é um carregador sem fio em formato redondo. Apenas ao descansar o smartphone no dispositivo, a bateria é recarregada. Vendido nos Estados Unidos por US$ 60, o carregador sem fio não começou a ser comercializado no Brasil junto do Nexus 4. Segundo a LG, o dispositivo será disponibilizado no país em breve.


Fonte: Google

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