Congresso de Empreendedorismo reúne 4 mil participantes no Rio
Pelo menos 25 mil pessoas acompanharam eventos on-line. Evento internacional reuniu no Rio representantes de 125 países.
Cerca de quatro mil pessoas participaram do GEC 2013, segundo os organizadores
A quinta edição do Congresso Global de Empreendedorismo (GEC 2013) termina na tarde desta quinta-feira (21) com a presença de quatro mil pessoas no complexo Lagoon, na Zona Sul do Rio, e em outros pontos onde eventos paralelos foram realizados, e outras 25 mil pessoas acompanhando o evento via internet.
O número de participantes, presentes e on-line, pode aumentar uma vez que cálculo foi feito no início da tarde por Illan Sztejnman, gerente regional da Endeavor, uma das organizadoras do evento, junto com a Kauffman Foundation.
O evento de quatro dias reuniu representantes de 125 países e de vários estados brasileiros, em torno do tema empreendedorismo. O encontro internacional começou em 2009, em Kansas, nos Estados Unidos, quando foi um evento fechado ao público com representantes de apenas 60 países. O próximo, em março de 2014, será em Moscou, na Rússia.
Segundo Illan, o que mais chamou a atenção dos participantes, estrangeiros, principalmente, foi a articulação conseguida pelo evento entre todos os agentes que formam o ecossistema empreendedor.
“Participaram do GEC empreendedores de diversos níveis, iniciantes, maduros e grandes empreendedores, além de empresários, investidores, representantes do poder público estudantes e voluntários que formam o ecossistema empreendedor”, disse Illan.
O gerente da Endeavor afirmou que é perceptível a mudança de consciência do brasileiro em relação ao empreendedorismo. Recente pesquisa nacional feita com dois mil empreendedores e não-empreendedores concluiu que três em cada quatro brasileiros pensam em abrir um negócio nos próximos cinco anos. E 58% dos entrevistados quer abrir seu próprio negócio pela oportunidade e não pela necessidade.
Illan Sztejnman, gerente regional da Endeavor
“É importante o perfil do empreendedor que abre um negócio não para sobreviver, mas para desenvolver uma solução. Existe uma mudança de cultura, o empreendedor quer independência e salário melhor”, disse.
Segundo afirmou, a Endeavor, o Sebrae, e as universidades estão atentas ao empreendedorismo e se unem para resolver a lacuna da falta capacitação empreendedora.
“O reflexo desse movimento une vontade de empreender e capacitação daqui alguns anos. Não adianta abrir uma empresa para fechar em dois anos”, explicou, ressaltando que pela pesquisa teve a percepção de que os entrevistados não têm facilidade a obter recursos e têm medo de ter que fechar o negócio.
Uma cultura que Illan acha importante mudar é a cultura do fracasso Segundo disse, ninguém percebe que o insucesso numa iniciativa representa muito aprendizado e experiência.
“Fala-se muito de cases de sucesso, mas o empreendedor para chegar à realização passou por muitos desafios.Na Finlândia existe o Dia Nacional do Fracasso, que é um dia para se lembrar que é com os erros que se aprende”, explicou.
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