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Estudo testou uso de medicamentos para reduzir o risco de doenças cardiovasculares


   
Estudo testou uso de medicamentos para reduzir o risco de doenças cardiovasculares
 
esquisa inédita internacional, intitulada HOPE-3 (Heart Outcomes Prevention Evaluation), realizada também no Brasil, mostrou que o uso de medicamentos para reduzir risco de infarto em pacientes não hipertensos não é eficaz, explica Márcio Sousa, cardiologista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), sobre o estudo que avaliou indivíduos que não apresentavam doenças graves. 
O médico frisa que a pressão arterial e colesterol elevados aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Ele explica que, durante o estudo, mais de 12 mil participantes que não tinham doença cardiovascular prévia foram sorteados aleatoriamente e divididos em grupos. Um grupo recebeu uma combinação de medicamentos que auxiliam no controle da pressão arterial e do colesterol e outro, placebos (substância sem propriedades terapêuticas). O acompanhamento durou aproximadamente seis anos e após o período foram comparados os resultados.
Os pacientes que eram hipertensos e receberam medicamentos, tiveram uma redução considerável dos riscos de doença coronária e acidente vascular cerebral (derrame), enquanto os pacientes que não eram hipertensos, a redução não foi significativa. Em relação ao uso dos medicamentos que reduzem o colesterol houve redução do risco em 25%, e quando associados, ambos os medicamentos reduziram 29% do risco cardiovascular.
De acordo com a SOCESP, presume-se que ocorram 720 paradas cardíacas no Brasil todos os dias (registros americanos estimam 50 paradas cardíacas para cada 100 mil pessoas por ano). Em média, uma morte ocorre a cada minuto e meio.
O especialista ressalta que esse estudo é importante para conscientizar a população da importância de adotar alguns cuidados para reduzir os fatores de risco mesmo sem possuir doenças crônicas, como ir ao médico com frequência para diagnóstico precoce de alterações na pressão arterial e no colesterol, manter o peso ideal, ter bons hábitos alimentares, praticar atividades físicas e parar de fumar. “Grande parte dos pacientes de consultório se enquadram no perfil deste estudo. Uma boa avaliação do risco individual, interpretação correta dos níveis pressóricos e de colesterol podem indicar o uso de medicamentos e assim, ajudar na redução do risco cardiovascular”, alerta o cardiologista.
SOCESP – SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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