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Redes sociais: perigos concentrados entre os 8 e 12 anos


 25-07-2016
 
 

 

 
 


Redes sociais: perigos concentrados entre os 8 e 12 anos


Luis Dufaur (*)
 
 


Na Argentina, Micaela Ortega, de 12 anos, foi assassinada após encontrar-se com um homem de 26 que conheceu pelo Facebook. As crianças de 8 a 12 anos presas à Internet constituem o grupo mais vulnerável para um abusador sexual.
Segundo especialistas citados pelo diário “La Nación” de Buenos Aires, os pais que começam a se preocupar com a vida virtual de seu filho quando esse faz 12 anos estão chegando tarde.
Ainda são crianças, mas não estão mais na infância. Só viveram absorvidas por relações virtuais, quase sem contato com o mundo, e são ignorantes e inermes face aos perigos do mundo real.
“Ë preciso começar mais cedo, pois a partir dos 8 anos já correm risco”, disse Sebastián Bortnick, presidente da ONG argentina Cibersegura, que promoveu a lei que transformou em delito o acosso sexual a menores pela Internet e outros meios eletrônicos.
“Sete de cada dez meninos e meninas entre 10 e 12 anos já criaram um perfil numa rede social”, afirma Roxana Morduchowicz, doutora em comunicação pela Universidade de Paris. “Nós nos reuníamos para brincar na casa de um amigo, na rua ou na praça, mas hoje as crianças se encontram na Rede”, diz ela.
“Temos de fornecer aos nossos filhos as ferramentas de reflexão e pensamento crítico para duvidar das propostas antes dos 11 anos. Se você não olha os perfis dos filhos antes de 12, vai encontrar surpresas, vai ver que houve conversas antes”, explica Marcela Czarny, da ONG Chicos.net.
 “É preciso lhes falar dos riscos, perguntar o que eles fizeram esse dia na Internet, o que viram, com quem falaram. Não como um controle policial, mas como um tema de conversação.
“Faz bem às crianças sentirem que nós estamos presentes, que podem conversar conosco sobre o que fizeram e com quem falaram”, diz Morduchowicz.
 “O que não pode acontecer é o pai se desentender. É preciso criar nos filhos a ideia de que estão sendo observados para o seu bem. Não podemos ignorar as redes que eles usam, seja Facebook, Instagram ou Snapchat. Não fazer isso enquanto pais é olhar para o outro lado”.

          ( * ) Luis Dufaur é escritor, jornalista, conferencista de política internacional e colaborador da ABIM
 
 

 
 
 
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)

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