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Em um ano, presídio em Santarém registrou 12 fugas de presos; cinco foram recapturados

Por Geovane Brito e Bruna Jaqueline Nobre, G1 Santarém, Pará
 



Fugitivos eram do Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura e respondem por roubo, tráfico de drogas e homicídio. Dados obtidos pelo G1 são referentes a julho de 2017 a julho de 2018.

A população carcerária nos dois centros de recuperação regionais em Santarém, no oeste do Pará, é de pouco mais de 1.000 internos, entre homens e mulheres. Embora tenha segurança intensificada, fugas são registradas todos os anos nas casas penais. Dados obtidos pelo G1 junto à Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) revelam que 12 fugas foram registradas desde 2017.

Os números correspondem ao período de julho de 2017 a julho de 2018. Do total de fugas, a Susipe informou que apenas 41% dos foragidos foram recapturados – o que representa cinco prisões. Equipes buscam informações para localizar e recapturar os outros sete foragidos.

Fugas geralmente acontecem por escavações de túneis 
no presídio de Santarém (Foto: Divulgação/Susipe )

Todas as fugas que aconteceram nesses últimos 12 meses foram registradas no Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (CRASHM), ou seja, todos internos do sexo masculino que cumpriam penas em diversas tipificações criminais, como roubo, tráfico e homicídio.

Uma das maiores fugas nesse período aconteceu no dia 15 de setembro de 2017, quando sete internos conseguiram sair do presídio por um túnel. A fuga teria ocorrido por volta das 22h50, na cela dois, ala "c" do pavilhão um, onde estavam os presos: Danzer Jacinto da Mota, Glaucinei Santos Silva, Jason Alexandre Souza Ribeiro, Gerlian Andrade dos Santos, Taison Douglas dos Santos Galvão, Bruno Quadros Neves e Leandro Figueiredo Pereira.

À época, segundo a Polícia Militar, os presos cavaram um túnel que dava acesso da cela dois à ala feminina, de onde conseguiram passar para a área externa da penitenciária utilizando uma corda conhecida como "Tereza".

Tentativas de fuga
Os registos de tentativa de fuga também são registrados no presídio. Parte das fugas e tentativas revelam situações semelhantes, em que os presos cavam túneis, serram grades, escalam telhados e até escapam pulado o muro da unidade prisional. Os presos também provocam curto circuito na rede elétrica para dificultar a visibilidade por parte dos agentes penitenciários, facilitando a fuga, segundo a polícia.

PM abortou a fuga de 27 presos que tentavam sair do presídio
 por meio de um túnel (Foto: Divulgação/Polícia Militar)

Em julho de 2017, a Polícia Militar abortou o plano de fuga de 27 detentos, que planejavam fugir por um túnel cavado entre as guaritas sete e oito, na área externa aos pavilhões.

Durante a vistoria realizada por policiais e agentes prisionais, foi detectado que em duas celas as grades haviam sido serradas e que os detentos haviam feito um buraco na laje da cela dois.

Segundo a Susipe, o interno que é flagrado tentando fugir responde medidas disciplinares na própria unidade prisional, ou são transferidos para outras casas penais.

Grades de cela também são serradas por detentos 
fogem do presídio (Foto: Divulgação/Susipe)

Denúncia
Quem tiver alguma informação sobre o paradeiro de foragidos, pode fazer uma denúncia anônima pelo número 181, 190 ou mesmo pelo WhatsApp da Susipe, no número (91) 98814-1218. O sigilo é garantido.

População carcerária
Até o dia 12 de julho, a população carcerária era de 1.005 internos, sendo 919 homens e 86 mulheres custodiados no Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (CRASHM) e Centro de Recuperação Feminina (CRF), que cumprem pena nos regimes fechado, semiaberto e provisório. Diariamente a quantidade de preso é alterada devido a entrada e saída de internos.


Em Santarém, 33,53% da população carcerária é formada 
de presos envolvidos no tráfico ou na associação
 ao tráfico de drogas. (Foto: Defensoria/Divulgação)

De acordo com a Susipe, do total de internos (919) do CRASHM, 278 estão presos por tráfico de drogas e/ou associação ao tráfico. Esse quantitativo representa 30,25% do número total.

Já no CRF, inaugurado no dia 6 de abril de 2018, das 86 internas, 59 têm envolvimento com tráfico de drogas e/ou associação ao tráfico de drogas, o que representa quase 70% da população carcerária feminina.

Como o número de prisões é crescente, as casas penais ultrapassam ou ficam no limite da capacidade máxima de presos. Por ser maior, o presídio masculino tem quase três vezes mais internos do que pode suportar. A capacidade dele é de apenas 360 presos. Já o CRF atingiu o limite de 86 internas.

Fonte: Santarém e Região

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