Sespa alerta para o manejo clínico e notificação da dengue
As ações de combate à dengue e ao mosquito transmissor da doença continuam surtindo efeito positivo no Pará. O trabalho, que vem sendo desenvolvido em conjunto com os 144 municípios paraenses, com o apoio da população, reflete na redução do número de casos confirmados. Até o dia 15 de abril deste ano foram confirmados 1.008 casos de dengue em todo o Estado. Os números estão bem abaixo dos registrados no mesmo período do ano passado, quando 1.705 pessoas já haviam sido oficialmente diagnosticadas com a doença, o equivalente a uma queda de 40,87%.
Apesar dos números serem satisfatórios, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) alerta para os riscos. As condições climáticas e ambientais favorecem a manutenção do vetor, o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre Chikungunya. Daí a importância do manejo clínico e da notificação imediata por parte das unidades de saúde públicas e privadas, principais fontes de detecção dos casos suspeitos de dengue e, também, fontes de dados para os serviços de vigilância.
Segundo o diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, é necessária a aplicação do protocolo de manejo clínico de forma rápida e adequada. Ele ressaltou que é de fundamental importância que o profissional dedique atenção especial a idosos, gestantes, crianças e pessoas com morbidades, mais vulneráveis à doença.
“A rápida coleta de informações nas unidades de saúde e a qualidade destes dados são essenciais para o desencadeamento oportuno de ações de controle e prevenção. Dessa forma, é fundamental a boa comunicação entre as equipes dessas unidades e a vigilância epidemiológica e entomológica. Vale lembrar que os pacientes precisam ser orientados pelos médicos sobre os sintomas e sinais de alerta”, destacou o diretor.
No dia 15 deste mês (quarta-feira) foi confirmado o primeiro caso de óbito por dengue no Pará em 2015. Trata-se de uma criança de seis anos atendida numa unidade de saúde da rede privada. Na manhã desta quinta-feira, 23, a Sespa confirmou outro caso que estava em investigação, de uma idosa que morava na Cidade Nova, em Ananindeua.
Para a confirmação de óbitos é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados do Estado, como Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC) - que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue - para o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Vale lembrar que, desde o ano passado, o Ministério da Saúde adotou uma nova classificação para casos de dengue, proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS): dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave, em substituição à classificação anterior, que era de dengue clássica, dengue com complicações e dengue hemorrágica.
Na próxima quinta-feira, 30, a Sespa realizará, no Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (Iesam) uma capacitação para médicos e enfermeiros sobre o manejo clínico da dengue e da febre Chikungunya, com objetivo de orientar os profissionais quanto ao protocolo das doenças e as medidas a serem adotadas. “Os sintomas devem ser imediatamente constatados. É preciso diferenciá-los para que sejam adotados procedimentos, a fim de evitar o agravamento da saúde do paciente”, concluiu Bernardo Cardoso.
Serviço: Capacitação sobre o manejo clínico da dengue e da febre Chikungunya. Na quinta-feira, 30, às 8h30, no Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (IESAM), situado na Avenida Gov. José Malcher, 1148 – Nazaré. Mais informações: 4006-4219.
Fonte: SESPA
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