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Professores pedem exoneração do secretário Helenilson Pontes


Izabel Sales, do Sintepp de Santarém, diz que Helenilson não entende de educação. Um movimento que começou entre os professores lotados em Belém do Pará, pedindo a saída do titular da pasta da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Helenilson Pontes, recebeu apoio dos profissionais de educação de Santarém. Os motivos do pedido de exoneração de cargo de Helenilson Pontes, segundo os professores, são uma série de irregularidades que estão acontecendo dentro da Seduc e, que prejudica os profissionais em todas as regiões do Pará.

Entre as irregularidades apontadas pelos professores estão: contratação de funcionários fantasmas; desvio de funções; servidores cedidos para outros órgãos e funcionários readaptados do magistério, porém, lecionando em empresas privadas. Além dessas irregularidades, os professores revelam que a Seduc está servindo de cabide de emprego.
Em Assembléia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Sub-sede de Santarém, ocorrida no último fim de semana, na Escola Estadual Maria Uchôa, a categoria decidiu por unanimidade pela continuidade da greve.

Dentre os motivos estão: falta de segurança nas propostas do governo, pois não há nada oficializado ainda, principalmente em relação à lotação com garantias de aulas suplementares, que não provoque redução de salário; o período de 18 meses propostos pelo governo para o pagamento do retroativo do piso salarial nacional do magistério 2015 soou como uma afronta à categoria; é imprescindível a fixação de uma data para o envio do projeto de lei “PCCR Unificado” à ALEPA; garantia oficial da realização de concurso público ainda neste ano; cronograma e transparência sobre reforma de escolas; cumprimento da jornada de trabalho dos vigias como pede o edital do concurso e decisão judicial, dentre outros pontos.

De acordo com a coordenadora do Sintepp de Santarém, Izabel Sales, vários municípios da região Oeste do Pará continuam em greve e, que a tendência é a classe reforçar mais e pressionar o Governo, para que ele cumpra os acordos firmados com os trabalhadores em educação.

“Hoje, Santarém também apóia o movimento que pede a saída do Secretário, até porque ele mostra que não entende de educação pública. Parece que ele nunca pisou em uma escola pública, pelo que a gente está vendo. Ele fala uma coisa, depois desfaz o que fala”, critica a professora.

Para Izabel Sales, em Santarém, se o Secretário for honesto, ele deve assumir o que disse para a classe, em uma reunião que participou na cidade, onde Helenilson Pontes falou que queria saber onde estavam milhares de servidores da educação, que ele não sabia o paradeiro deles.

“A gente também queria saber. Por isso que estamos reivindicando essa auditoria na Seduc, porque nós somos os principais interessados em saber onde estão esses trabalhadores de educação”, diz a professora Izabel.

Ela acredita que tem muita gente recebendo os 60% dos repasses da educação, que é destinado para os servidores das salas de aula e que não faz parte da categoria. “Então, isso é um desvio e se torna improbidade e, nós somos os maiores interessados para que seja feita uma auditoria na Seduc, com o acompanhamento do Sintepp, para descobrirmos onde estão esses funcionários fantasmas. Acreditamos que tem muitos servidores ganhando esse dinheiro, sem está trabalhando na Seduc”, denuncio Izabel Sales.


PROPAGANDA ENGANOSA: Em relação ao fato do Governo falar que já paga para os professores do Pará o 5º maior salário do País, segundo Izabel Sales, isso depende do que é o valor pra ele. “É o bruto? Porque ele tem colocado aqui que ninguém começa uma carreira, hoje, no magistério a nível estadual ganhando menos de R$ 3 mil. Isso aí, ele não está sendo honesto, porque é o salário bruto. Se for levado em consideração os descontos como Imposto de Renda, Fundo de Previdência, vamos constatar que não é todo esse valor”, explica a professora.

De acordo com ela, um professor em fim de carreira recebe um salário melhor. Porém, se for comparado à renda mensal de outros profissionais, como do Governador, secretários e de um Juiz, o ganho mensal do docente é bem menor. “Eles estudaram como a gente, que para ser professor tivemos que fazer um curso superior. Agora, por que a discriminação com os profissionais de educação? Os profissionais de educação estudaram, se formaram e por que recebem um salário inferior aos outros profissionais?”, questiona a professora Izabel.

CAMPANHA FORA HELENILSON: Os trabalhadores em educação da rede estadual aproveitaram o domingo passado, 26, para lançar a campanha “Fora Helenilson” e esclarecer à população os motivos de manutenção da greve, que chegou aos 35 dias. Segundo o Sintepp, a greve geral é graças à incapacidade do governador Simão Jatene (PSDB), de flexibilizar as negociações com o Sindicato.

“O governo utiliza seu poder econômico para custear a mídia burguesa na tentativa de confundir os educadores e manipular a sociedade. No entanto, as mentiras de Jatene e Helenilson serão desmascaradas”, avisa a professora Izabel Sales.

Ela destaca que a categoria está fortalecida e analisa de forma minuciosa as propostas dialogadas pelo Sindicato durante as reuniões com o governo. O Comando de Greve informa que não está medindo esforços para alcançar um consenso que garanta a não retirada sumária de direitos proposta pelo governo.

Diante das imposições do poder público, o Sintepp convoca os trabalhadores a participarem das atividades da greve. “Afinal, cabe aos educadores deliberarem pela continuidade ou não da paralisação”, diz a professora Izabel Sales.

O quadro de greve aponta manutenção da paralisação em cerca de 94% das escolas da capital e suspensão das aulas em 122 municípios, mesmo diante da ameaça de corte de ponto e contração de temporários.

O Sintepp esclarece que a desembargadora Gleide Moura não acatou ao pedido de abusividade da greve proposta pelo governo. Portanto, a Assessoria Jurídica do Sindicato já protocolou junto ao TJE Mandado de Segurança a fim de resguardar o direito constitucional dos trabalhadores de lutarem por melhores condições de trabalho sem retaliações ou assédio moral. Para o Sintepp, contratar trabalhadores para assumirem as tarefas educacionais, além de antipedagógico configura-se como violação aos direitos trabalhistas.

Fonte: O Impacto

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