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Governo e Banco do Brasil discutem financiamento de projetos de desenvolvimento


Os desafios que se apresentam ao desenvolvimento do estado foi o tema da conversa entre o governador Simão Jatene e a diretoria do Banco do Brasil, na última quinta-feira, 11, no gabinete do Comando da Polícia Militar. Jânio Endo Macedo, diretor do banco, apresentou relatório com o volume de investimentos na região e propôs uma rodada de discussão com a nova equipe do governo para estabelecer onde o governo e a instituição financeira podem firmar parcerias visando o financiamento de projetos e programas.  Pela diretoria do Banco do Brasil participaram também do encontro Carlos Alberto Ramos da Silva, superintendente, e os gerentes Alessandro Fontes, Eliana Serrão Marques e Maurício Leão.

O governador fez uma breve exposição sobre alguns entraves históricos que o Pará enfrenta e que o impedem de dar um salto significativo que venha a alterar o atual cenário de desenvolvimento. Segundo Simão Jatene, as mudanças podem se concretizar a partir do que ele defende como a revolução do conhecimento, da produção e de novas formas de gestão e governança. O governador analisou o cenário onde o Pará se insere no Brasil, integrando uma região que representa 60% do território nacional, abrigando 13% da população e gerando 8% do PIB.

A análise aponta que persiste um enorme potencial de crescimento na região, desde que o país entenda que a Amazônia é mais que os mitos criados sobre a região, alimentando um perfil ilusório aos olhos estrangeiros. “A Amazônia é uma grande prestadora de serviços ambientais em escala planetária e deve ser vista também como base de vida digna para pessoas que vivem e moram aqui. E isso nós precisamos entender, tendo em vista o grande desafio que é combater a pobreza e a desigualdade”, enfatizou o governador.

Simão Jatene apontou como condição fundamental para fazer face a essa realidade o desafio do financiamento, uma vez que o estado possui uma renda per capta que constitui metade da renda per capta da média nacional, contra um orçamento per capta que ocupa o 24°lugar no ranking nacional - que traduzido em números perfaria algo em torno de R$ 200,00 para atender os setores de saúde, educação, segurança, esporte, lazer e saneamento. 

Para administrar esse cenário é necessário que o governo tenha uma estratégia bem construída. Apesar disso, argumentou o chefe do Executivo Estadual, o Pará conseguiu atingir uma boa capacidade de endividamento. “Há 30 anos minha dissertação na Unicamp tinha como título ‘Pará crescimento e pobreza, coexistência perversa’, e sou capaz de repetir os mesmos pontos de vista que nela defendi. Vejo que precisamos avançar muito mais”, concluiu.    

No próximo exercício, o governador demonstrou, por meio de um estudo encomendando do Imazon, que pensa em mudar a lógica da gestão a partir da pesquisa do Índice de Progresso Social que foi calculado para a Amazônia Brasileira, mas que serve como referência para situar o Pará dentro de uma realidade mais detalhada do que vem se apresentando para o desenvolvimento de cada munícipio paraense. E ilustrou com alguns casos, como o de Abaetetuba, que em termos de renda per capta é o município que ocupa a posição 434 em relação aos cerca de 770 municípios da Amazônia.

Os cálculos levam em consideração três dimensões principais: necessidades humanas básicas, fundamentos para o bem-estar e oportunidades. O novo índice pode ser usado para mostrar as prioridades dos municípios às empresas que vão instalar um empreendimento no local. As comunidades, por sua vez, também podem utilizá-lo para mostrar às empresas que já chegam com projetos prontos, as reais carências do local. Está tudo detalhado em 43 indicadores de fontes confiáveis. Os dados podem ser conferido no site do Imazon (www.imazon.com.br).

O novo Índice de Progresso Social constrói um perfil mais próximo da realidade e mais completo do que a renda per capta e o próprio IDH. Simão Jatene defende a criação de uma nova lógica da abordagem na próxima gestão. A preocupação não se prenderá ao número de estradas asfaltadas ou escolas construídas, mas a repercussão disso na evolução do estado, a partir de cada município. Por outro lado, a contratação de financiamento será definido para áreas críticas. “Vivemos o momento de questionar o que queremos para o Pará até 2030. O que podemos deixar nos próximos quatro anos para atingirmos metas estabelecidas em médio e longo prazo?”.

Ao final dessas exposições, Jânio Endo Macedo, diretor de governo do Banco do Brasil, apresentou proposta de financiamentos para programas do Executivo Estadual e ficou acertada uma reunião entre o banco e a nova equipe do governo, em janeiro, para definir, inclusive, parcerias público-privadas na área de infraestrutura e logística. Macedo também ratificou a intenção do banco em apoiar políticas públicas do governo nos próximos quatro anos.

Fonte: Secretaria de Estado de Comunicação-SECOM

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