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Emater Pará comemora 49 anos


Por Felipe Bandeira (*)

O governo Dilma está planejando construir um grande número de hidrelétricas nos rios da Amazônia, destruindo a biodiversidade e interrompendo o modo de vida de milhares de índios e populações tradicionais.

No rio Tapajós, região oeste do Pará, está previsto a construção do complexo Tapajós, composto pelas hidrelétricas de Jatobá, Jamanxin, Cachoeira dos Patos, Cachoeira do Caí e São Luiz do Tapajós.

Juntas, as barragens devem superar a área de alagamento da UH de Belo Monte.

A expansão desordenada das fronteiras econômicas na Amazônia mostra que o projeto neodesenvolvimentista adotado pelos governos petistas se traduz num pacto empresarial que faz dos territórios tradicionais moeda de troca ao capital internacional.

O grande cinismo é que este modelo já havia sido implementado nos anos de 1970 e 1980, quando o governo militar ocupou, de forma predatória a região, e entregou nossas riquezas ao capital internacional, institucionalizando o latifúndio, a retirada de direitos e provocando o aumento dos bolsões de miséria nas periferias das cidades.

Mas uma vez as atrocidades se repetem, mesmo que agora o método seja operado a partir de um discurso “democrático e participativo”. Os povos da Amazônia – que são desconsiderados desde o início do processo – é quem pagam pelos custos sociais e ambientais dos empreendimentos.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) completa 49 anos de existência nesta quarta-feira, 3. Responsável pelo desenvolvimento da agricultura familiar, o órgão reúne atualmente mais de 1200 servidores que atendem mais de 130 mil famílias produtoras, nos 144 municípios paraenses. A data foi marcada por uma celebração comandada pelo presidente da Emater, Humberto Balbi Reale Filho, que anunciou para março de 2015 o edital do concurso público para provimento de novas vagas.

Durante a solenidade, realizada no escritório central do órgão, em Marituba, foram anunciadas algumas metas da Emater para o próximo ano. Segundo Humberto Reale, é preciso encontrar maneiras de oferecer um serviço de qualidade e com maior abrangência. “A Empresa está crescendo e precisa de suporte para atender um número cada vez maior de famílias. E neste momento, só um concurso público nos dará essa oportunidade. Nosso objetivo é que isso aconteça já no primeiro trimestre do próximo ano”, disse o engenheiro agrônomo.

Reale assegurou que o trabalho voltado ao desenvolvimento das atividades extensionistas, à valorização do servidor e assistência às famílias será intensificado. “O trabalho de extensão é cheio de peculiaridades, o técnico de campo precisa gostar do que faz. Passei 15 anos fazendo esses atendimentos e posso afirmar o extensionismo rural é uma vocação”, afirmou Reale.

História

Anteriormente à instituição da Emater, a atividade extensionista no Estado ficava a cargo da Associação de Crédito e Assistência Rural do Estado do Pará (ACAR-PARÁ), criada por meio do Decreto nº 58.382 de 10 de maio de 1966, e que teve como primeiro presidente Alberto Bentes Guerreiro, empossado pelo então governador Jarbas Passarinho, em solenidade no Palácio Lauro Sodré, em Belém.

Fonte: Agência Pará

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