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Prefeitura quer identificar empreendedores no Minha Casa Minha Vida


Identificar empreendedores e promover a geração de emprego e renda para as famílias que serão contempladas com as moradias do residencial Salvação, do programa Minha Casa Minha Vida, localizado na avenida Fernando Guilhon, em Santarém, no oeste do Pará, é um dos principais objetivos da Prefeitura antes de iniciar a entrega das casas às pessoas contempladas pelo programa no município. Esta semana, a coordenação do PAC Social, ligado ao Núcleo de Gerenciamento de Obras (NGO), iniciou uma série de palestras com os beneficiários para orientá-los sobre temas sociais, inclusive empreendedorismo. A ideia é identificar entre os futuros moradores do residencial profissionais que estão fora do mercado de trabalho, capacitá-los e oferecer meios para que eles se tornem donos do seu próprio negócio. Além disso, a Prefeitura pretende ainda oportunizar ferramentas para que essas pessoas possam, por exemplo, se organizar em cooperativas, reunindo todo tipo de atividades que garantam sustento às famílias dos cooperados. 

No total, no residencial Salvação, serão 3.081 moradias, que vão abrigar aproximadamente 12 mil pessoas. Por se tratar de um novo conjunto habitacional com grande número de moradores, o governo quer desenvolver economicamente o conjunto para que essas pessoas morem de forma sustentável, gerando renda e empregos. Levantamento feito pelo PAC Social constatou que o número de pessoas que trabalham de carteira assinada ou tem emprego fixo é pequeno. Isso motivou a Prefeitura buscar uma solução para evitar que o local se transforme numa favela e que jovens, por exemplo, sejam aliciados para o mundo do crime. 

Na palestra da última quarta-feira (2), por exemplo, Almerindo Ribeiro Pinto, chefe da Divisão de Cooperativismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Turismo (Semdetur), falou sobre a possibilidade de criar cooperativas reunindo as habilidades que cada um desenvolve e, partir daí, potencializar as atividades garantindo para os beneficiários do programa que vão morar no residencial emprego e renda. “Nosso objetivo é subsidiar essas pessoas com a oferta de organização, capacitação e gestão por meio de cooperativas. Já lançamos a nossa proposta que engloba alguns segmentos como costura e panificação, por exemplo. Mas temos outros setores para abranger dependendo da habilidade de cada profissional. Nosso foco é a economia solidária. Essas pessoas têm que gerar renda e viver num ambiente de forma sustentável. A maioria das pessoas que vai morar ali vive de fazer bicos e a prefeitura não quer isso. O Poder Público pretende identificar os empreendedores e incentivá-los a desenvolver suas habilidades de forma sustentável”, disse Almerindo.

A Semdetur tem uma parceria com o Sistema OCB/SESCOOP (Organização das Cooperativas Brasileiras no Pará e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), que ajuda na capacitação de grupos pré-cooperados no que diz direito aos seus direitos e deveres e na gestão da direção das cooperativas. “Trata-se de um trabalho de cunho social que a Prefeitura fará atendendo aquilo o que se propõe o programa Minha Casa Minha Vida. Além disso, é o papel do Poder Público garantir qualidade de vida para os cidadãos, proporcionando também geração de emprego e renda, contribuindo para o desenvolvimento de Santarém”, destacou o secretário Valdir Matias Jr.

A Divisão de Crédito da Semdetur também dará suporte com a oferta de linhas de financiamentos para os possíveis empreendedores identificados pela Divisão de Cooperativismo para que eles possam iniciar seus negócios. 

Entrega das casas – De acordo com informações obtidas pelo blog Quarto Poder, a previsão de entrega das casas é para este mês de março. 

Contratos - De acordo com a Caixa Econômica Federal estão faltando aproximadamente 600 beneficiários assinarem contratos. Problemas ocorreram na geração desses contratos ou porque o beneficiário não compareceu para assinar. Mas, ainda de acordo com a Caixa, todos assinarão.

Equipamentos públicos - A gestão atual já demandou, antes da conclusão do projeto, a construção de equipamentos públicos como: creche, Unidade Básica de Saúde, Escola, Áreas de Lazer, uma Academia de Saúde, uma UPA Tipo II para atender às famílias que passarão a ocupar o residencial. 

Há duas semanas, o prefeito e o secretário do NGO, Geraldo Bittar, estiveram em Brasília, reunidos no Ministério das Cidades, com a secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, para reiterar a importância desses equipamentos e garantir os recursos por parte do Governo Federal, via Ministério das Cidades, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, responsável integral pela execução do projeto.

Enquanto esses investimentos não chegam, a prefeitura já traçou planejamento para garantir escolas e creche aos alunos do Residencial nos bairros da grande área do Santarenzinho e atendimento de Saúde nas UBS's presentes.

A Prefeitura também garantiu transporte escolar aos alunos, onde os pais desejarem manter seus filhos nas escolas de origem.

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