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Dia do automóvel: 5 reflexões sobre o futuro eletrificado



A crescente procura por veículos elétricos molda o mercado e o desenvolvimento de tecnologias. Algumas projeções já podem ser feitas.

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Desde 1934, o Brasil comemora o Dia do Automóvel, criado pelo então presidente Getúlio Vargas. Quase 100 anos depois, o cenário do setor automotivo vem mudando rapidamente da combustão para a eletricidade e com isso, também novas demandas de mercado.

Nos primeiros quatro meses de 2023, já foram vendidos 19.579 veículos leves eletrificados no Brasil, número 51% maior que do ano passado e que corresponde a quase todo o resultado de 2020 (19.745). A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) estima que 2023 traga um aumento de 40% no volume de vendas de veículos com motor elétrico em comparação a 2022 - cerca de 70 mil unidades.

Para o engenheiro e especialista do centro de pesquisa, tecnologia e inovação Lactec, Carlos Gabriel Bianchin, esse crescimento é uma tendência duradoura, mas que pedirá ajustes da cadeia de fornecedores. “Já existem diversos tipos de baterias para carros elétricos e muitos modelos de carregadores diferentes, por exemplo. Uma padronização do mercado seria uma normatização bem-vinda para usuários e também para democratizar a tecnologia”, reflete. 

Confira outras mudanças que a eletrificação deve provocar no setor automobilístico:

Baterias em foco: a popularidade dos veículos elétricos (EVs) traz luz para a questão das baterias usadas e minerais que as compõem. Com isso, a indústria migra de um sistema focado em combustível, para um sistema focado em materiais. A capacidade tecnológica também está em jogo, já que a viabilidade dos EVs está na crescente autonomia das baterias. 

Mineração e clima: se os Estados Unidos atingirem a meta de venda de veículos elétricos até 2030, serão necessárias 8 milhões de baterias por ano até lá. Para isso, é preciso garantir que a extração de materiais seja realizada de forma adequada para não trocar a queima de carbono dos combustíveis fósseis por outros problemas ambientais. 

Mão de obra especializada: uma área crítica de competição de recursos é a limitada oferta de engenheiros de software e sistemas com conhecimento em mecatrônica e robótica necessários para EVs. Com pelo menos 60 novas fábricas de baterias planejadas para construção global até 2030, e muitas mais necessárias logo depois, os principais fabricantes de baterias já estão destacando uma esperada escassez profissional.

Rede de carregamento: uma pesquisa da Forbes indica que 62% dos proprietários de EV têm receio quanto à autonomia do veículo e por isso seus planos de viagem são afetados. A necessidade de uma infraestrutura externa de carregamento extensa e confiável é essencial para viabilizar a mobilidade elétrica. Especialistas indicam que nos Estados Unidos é preciso instalar pelo menos 20 vezes mais pontos de carregamento do que existem hoje.

Mudança significa transição: estimativas indicam que o número de veículos a combustão no mundo todo em 2050 será em torno de 1.5 bilhões e 2 bilhões. Isso significa que haverá grandes mudanças de postos de trabalho, tecnologias envolvidas e demandas por matéria-prima.


Fonte: Lactec

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