Com novo diretor, Hospital Bom Pastor busca ampliar serviços para a comunidade

Desde o início de maio, o Hospital Bom Pastor está sendo conduzido por um novo diretor. Trata-se do administrador hospitalar Ricardo Lopes Alves, que chegou a Guajará-Mirim (RO) e foi logo participando de uma série de encontros com autoridades municipais e do estado de Rondônia.

Ele já se reuniu com a prefeita da cidade Raissa Bento, com vereadores da Câmara Municipal, com a secretária municipal de Saúde Kaline Noé Marques e até com o secretário estadual de Saúde Jefferson Ribeiro da Rocha, o Coronel Jefferson. “Estamos buscando apoio para que possamos ampliar os serviços e atender mais pessoas que precisam de cuidados de saúde”, comentou Ricardo.

Inicialmente, Ricardo Alves já confirmou para as autoridades locais o interesse e a disposição do Hospital Bom Pastor em renovar e ampliar o convênio com a prefeitura, que garante internações e realização de cirurgias eletivas para a população local e de outros municípios. “Já cumprimos 50% do convênio e mais de 150 moradores foram beneficiados”, ele diz.

Ricardo observa que, em todo o Brasil, a fila por cirurgias eletivas (procedimentos considerados não urgentes) é apontada como um dos principais problemas do SUS (Sistema Único de Saúde). “Por isso, é preciso reconhecer o esforço do poder público de Guajará-Mirim em atender a população, ao mesmo tempo em que nos colocamos totalmente à disposição da cidade”, afirmou.

O diretor do Hospital Bom Pastor também disse que está trabalhando para implantar o serviço de hemodiálise para a população usuária do SUS, por meio de um convênio com o poder público. O tema, aliás, foi assunto de uma audiência pública ocorrida recentemente em Guajará-Mirim, no dia 28 do mês passado.

Outra iniciativa que está em estudo é habilitar o Bom Pastor junto ao Ministério da Saúde, credenciando a unidade à Rede de Assistência Materno-Infantil (RAMI).

Também reconhecido como referência à população dos povos originários, o hospital busca implantar um modelo assistencial para a saúde da criança, mulher e idoso indígenas.

Com 51 anos de idade, Ricardo Lopes Alves dedicou mais de 18 anos de sua carreira administrativa à área da saúde, trabalhando para grandes empresas nacionais e até em outros países.

Na Pró-Saúde, entidade filantrópica gestora do Bom Pastor, Ricardo se surpreendeu com o convite que recebeu para dirigir o hospital. “Estou há pouco tempo em Guajará-Mirim, ainda conhecendo as pessoas e me apresentando”, ele disse. “Estou sendo muito bem acolhido por todos e aprendendo muito também. Impressiona o orgulho e o carinho dos moradores com a sua cidade. Espero contribuir com essa história”, afirmou.

Ricardo aproveitou para elogiar o trabalho feito por seu antecessor, o administrador hospitalar Geraldo Fonseca. “Sem dúvida, só temos condição de buscar novos avanços, graças ao trabalho e à dedicação do Geraldo ao Hospital Bom Pastor”, acrescentou.

Doação de obra de arte

Nesta semana, um gesto comoveu os profissionais que atuam no Hospital Bom Pastor. A artista plástica Edina Costa, que estava acompanhando a filha durante um tratamento, doou uma obra de arte autoral em agradecimento ao trabalho realizado pela equipe multiprofissional para alcançar a recuperação da criança.

Ela chegou a publicar uma mensagem em seu perfil no Instagram (@edinacostaart). “As lembranças da minha infância e as doenças, quase sempre malária, tomaram conta da minha mente. Veio também a visão nostálgica do passado”, ela disse. A artista plástica exaltou a presença de povos originários inspiram suas obras. Por isso, “resolvi presentear esse nosocômico que tanto ajuda a nossa região de Guajará-Mirim e Nova Mamoré”.

Com o título Pachamama (Mãe Terra), a obra foi pintada manualmente e retrata o aleitamento materno de mulheres indígenas. Edina é uma artista residente no município de Nova Mamoré, nascida em Guajará-Mirim (RO) que retrata em suas pinturas temas amazônicos. É reconhecida nacional e internacionalmente, tendo exposto peças no Museu do Louvre, em Paris. A arte ficará exposta na recepção principal do hospital.

Fonte: Pró-Saúde