GLAUCOMA: O QUE É? CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO - VEREMOS EM UM GRÁFICO MAIS ESPECÍFICO

O QUE É GLAUCOMA?

A maioria das pessoas sabe que o glaucoma é uma doença nos olhos. O que ninguém fala é que ela pode ser silenciosa, sem sintomas.

Você pode ficar cego em 48h se não tomar os cuidados necessários.

Neste post você vai entender agora mesmo se está em risco, como evitar a cegueira e quando fazer os exames necessários.

Índice:

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Glaucoma é uma doença ocular que causa danos ao nervo óptico, que é o responsável por levar as informações visuais recebidas pela retina até o cérebro. Dessa forma, o paciente que possui a doença, perde o campo visual progressiva e irreversivelmente. É a segunda principal doença causadora da cegueira no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS.

Um paciente com glaucoma possui a pressão interna do olho elevada devido ao bloqueio da drenagem de um líquido chamado humor aquoso – responsável pela hidratação dos olhos. Este líquido fica acumulado internamente, provocando intensa pressão no globo ocular.

O glaucoma não tem cura e pode levar o paciente a cegueira, porém, pode ser controlado com um tratamento adequado e acompanhamento médico contínuo.

O QUE CAUSA GLAUCOMA?

O glaucoma, é causado pela elevação da pressão intraocular que ocorre devido a deficiência na drenagem do líquido ocular (humor aquoso) ou aumento da quantidade deste líquido, provocando a popularmente conhecida “pressão na vista”. Existem alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como por exemplo, uma dieta inadequada, origem étnica (os afro-americanos estão mais propensos a adquirir glaucoma), hereditariedade, diabetes, hipertensão, hipertireoidismo, miopia, pressão ocular elevada, idade (acima de 40 anos para os casos de glaucoma agudo) e uso contínuo de remédios à base de corticosteroides.

Pessoas pertencentes a este grupo de risco, devem se atentar para exames oftalmológicos regulares, principalmente a partir dos 35 anos.

Crianças também estão sujeitas a doença, sendo que, em alguns casos, não manifestam nenhum tipo de sintoma. O glaucoma pode ser herdado da mãe – glaucoma congênito, que deve ser tratado imediatamente, ou mesmo o glaucoma juvenil, que surge aproximadamente aos 4 anos de idade. Mesmo sem sintomas, o glaucoma deve ser tratado o quanto antes a fim de evitar complicações futuras.

TIPOS DE GLAUCOMA

Existem 4 tipos de glaucoma que podem variar em seus sintomas e causas:

Glaucoma de ângulo fechado – agudo

É um caso emergencial em que ocorre o bloqueio instantâneo da drenagem do humor aquoso, gerando a elevação súbita e dolorosa da pressão intraocular. Se não for rapidamente tratado o paciente pode ficar cego em poucos dias.

Glaucoma de ângulo aberto – crônico

É o tipo mais frequente de glaucoma e ocorre normalmente de forma lenta e silenciosa, danificando gradativamente a visão. Tende a ser de origem hereditária e age de forma progressiva podendo ocasionar lesões permanentes no nervo óptico e a consequente perda do campo visual.

Glaucoma congênito

Glaucoma infantil ou congênito, é um caso raro em que a criança já nasce com a doença, particularmente uma má formação nos olhos, herdada da mãe no período da gestação, podendo atingir somente um ou os dois olhos. O glaucoma congênito está comumente relacionado a síndromes transtornos sistêmicos, como a Síndrome de Sturge-Weber. Deve ser tratado imediatamente a fim de evitar complicações futuras, já que, se não for diagnosticado a tempo, pode levar a cegueira irreversível.

Glaucoma secundário

Causado principalmente pelo uso excessivo de medicamentos a base de corticosteroides. Segundo o Wikipedia, o corticoide ou corticosteroide é o nome dado a um grupo de hormônios esteroides produzidos pelas glândulas suprarrenais, ou seus derivados sintéticos. Dentre as diversas e importantes ações no corpo humano, podemos destacar a função de relevo eletrolítico (equilibrar íons e água), a regulagem do metabolismo e a manutenção dos vasos sanguíneos (faz com que seja mantido um grau de contração dos vasos, impedindo uma dilatação exagerada destes). Pode estar associado a outras doenças e traumas oculares como cataratas avançadas, tumores e inflamações.

SINTOMAS DE GLAUCOMA

Os sintomas da doença podem variar bastante de acordo com o tipo do glaucoma. Para os casos agudos, podem ocorrer dores graves no globo ocular, visão embaçada e prejudicada, olhos vermelhos e inchados, náuseas e vômito. Quando não tratado, o glaucoma de ângulo agudo pode deixar o paciente completamente cego em apenas dois dias.

Diferentemente, o glaucoma de ângulo aberto aparece de forma silenciosa, muitas vezes sem sintomas iniciais. Conforme ocorre a evolução da doença o paciente começa a ter dificuldades para se adaptar em ambientes escuros, cefaléias, ardor nos olhos e perda progressiva da visão periférica lateral. Na fase mais avançada da doença, a visão do paciente vai se estreitando (visão tubular) até atingir a cegueira total e irreversível.

O glaucoma congênito pode ser notado por um pediatra logo nos primeiros meses de vida da criança. Através de exames pode ser observada uma nebulosidade na parte frontal dos olhos, vermelhidão, alta sensibilidade à luz, lacrimação excessiva e o aumento dos olhos devido a elevada pressão intraocular.

Em alguns casos, os sintomas podem ser quase imperceptíveis, por isso a importância de um acompanhamento oftalmológico regular.

PREVENÇÃO, EXAMES E CONSULTAS MÉDICAS

Sempre que sentir que algo não está bem procure um médico. O diagnóstico precoce da doença pode evitar a progressão do glaucoma, complicações futuras e até mesmo a perda da visão. Em caso de suspeitas, procure um oftalmologista imediatamente.

Na consulta, procure tirar todas as dúvidas com o oftalmologista além de informá-lo sobre todos os sintomas. Observe qual a frequência destes sintomas e os horários em que ocorrem. Caso esteja utilizando medicamentos, mesmo que para outra doença, informe corretamente ao oftalmologista. Todas as informações podem ser fundamentais para a precisão do diagnóstico.

Para reconhecimento da doença, alguns exames são feitos pelo oftalmologista como a análise do interior do olho através das pupilas dilatadas, avaliação do nervo óptico, exame de acuidade visual, pressão ocular entre outros procedimentos que podem variar de acordo com os sintomas e histórico do paciente.

Não existe prevenção para o glaucoma agudo, então a busca imediata por ajuda médica é a melhor forma de se evitar a cegueira e controlar a doença. Além disso, alguns hábitos podem auxiliar no controle da doença e a melhorar a qualidade de vida do paciente, dentre eles uma alimentação adequada rica em frutas, verduras, carnes vermelhas, cereais integrais, sementes, pimentas, gema de ovo, fígado, leite, queijos, soja e alimentos que contenham vitamina C. Deve-se evitar o consumo de produtos que contenham cafeína, refrigerantes, cerveja, produtos a base de farinha branca, doces, frituras, alimentos industrializados e o tabaco, que também é inimigo do glaucoma. A prática regular de exercícios físicos e a higiene ocular também contribuem para a qualidade de vida e controle da doença.

Hábitos regulares de sono e descanso são essenciais para a saúde do olho. Faça pausas regulares durante o trabalho, principalmente se passar muito tempo na frente de telas de computadores. Acupuntura e práticas de relaxamento também são válidas para reduzir os níveis de stress e controlar a pressão.

Para mulheres que possuem glaucoma (ou que tenham a doença no histórico familiar) e querem engravidar, a consulta em um oftalmologista é imprescindível. O médico vai avaliar e conduzir o tratamento necessário a fim de proteger a saúde ocular da mãe e do bebê.

PROGNÓSTICO: COMO CONVIVER COM O GLAUCOMA

Para pacientes diagnosticados com a doença, existem alguns hábitos, tratamentos e cuidados necessários para manter a qualidade de vida e prevenir a evolução da doença. Tenha uma alimentação adequada, as vitaminas e nutrientes auxiliarão na qualidade da sua visão. Exercite-se! Existem exercícios que podem reduzir a pressão ocular em glaucoma de ângulo aberto. Além disso, marque consultas regulares com seu oftalmologista para que o acompanhamento da doença seja feito de perto.

A doença não tem cura e, se não for tratada, pode ocasionar a perda definitiva da visão do paciente. Porém, dependendo do nível da doença, dos cuidados pessoais e do acompanhamento médico, as expectativas do tratamento podem ser muito favoráveis.

Tratamentos e cuidados para glaucoma

Por se tratar de uma doença progressiva e sem cura, o paciente diagnosticado com glaucoma deve ficar em constante observação e sob tratamento contínuo, que pode ser feito através de colírios, medicamentos ou até mesmo cirurgias. Somente um bom oftalmologista saberá prescrever a melhor opção de tratamento de acordo com o tipo do glaucoma.

Esteja sempre atento aos medicamentos e a frequência de utilização no dia a dia e redobre a atenção em casos de viagens. Utilize sempre os remédios prescritos pelo oftalmologista e seguindo as quantidades recomendadas.

A maioria dos tratamentos para glaucoma de ângulo aberto são feito através de colírios. Atualmente os colírios não possuem tantos efeitos colaterais como antes e têm proporcionado ótimos resultados. Alguns pacientes podem necessitar do tratamento a laser, que desobstrui a circulação do humor aquoso, o tratamento costuma ser indolor. Em alguns casos é necessária a realização de cirurgia denominada iridotomia, para abertura de um novo canal para circulação do líquido ocular.

O glaucoma de ângulo fechado, por ser um caso grave e emergencial, muitas vezes necessita de medicamentos intravenosos a fim de diminuir instantaneamente a pressão ocular e alguns pacientes ainda podem ser submetidos a operações de emergência como a cirurgia.

O glaucoma congênito por sua vez, é sempre tratado através de cirurgia para desobstruir os canais de circulação do líquido ocular. Este procedimento é realizado com o paciente anestesiado.

Existem alguns medicamentos mais utilizados nos tratamentos de glaucoma, são eles: Bimatoprosta, Brimonidina, Cloridrato de Dorzolamida acompanhado de Maleato de Timolol, Diamox, Dolantina e Meticorten.

É importante lembrar que qualquer tipo de medicação deve ser prescrita por um médico. Só ele poderá recomendar o medicamento mais indicado para cada caso. Nunca se automedique ou interrompa o tratamento sem consultar um oftalmologista.

DÚVIDAS FREQUENTES

Quem tem glaucoma pode usar lentes de contato?

Sim. O glaucoma, na maioria dos casos, é tratado com colírios. O que se deve evitar é a aplicação dos colírios com a lente de contato.

Qualquer pessoa pode ter glaucoma?

Sim, qualquer pessoa pode ter glaucoma. É mais comum em negros, em pessoas com histórico familiar da doença, portadores de miopia elevada, diabéticos e usuários de medicamentos a base de corticosteroides.

Glaucoma tem cura?

Não. A doença pode ser controlada através de hábitos saudáveis, acompanhamento médico e tratamento regular, evitando assim a progressão da doença e a consequente cegueira.

Como faço para saber se tenho glaucoma?

Faça consultas regulares em oftalmologistas, principalmente se você fizer parte do grupo de risco. Ao sentir qualquer sintoma, não hesite em procurar um médico. O grande perigo do glaucoma está na falta de tratamento e na descoberta tardia da doença.

O que é tonometria?

É o nome do exame responsável por medir a pressão interna ocular.

Com qual frequência devo ir ao oftalmologista?

É aconselhável ir ao oftalmologista uma vez por ano. Esta frequência pode ser alterada dependendo do grau de risco da pessoa a adquirir glaucoma. Pacientes já diagnosticados com a doença ou que tenham histórico na família, devem ter um acompanhamento regular de acordo com sua necessidade individual estabelecida pelo médico.

A maconha é indicada para pessoas que tem glaucoma?

O tratamento para o glaucoma deve ser prescrito por um oftalmologista. Os riscos da utilização de drogas ilícitas ou o automedicamento podem causar danos irreversíveis ao paciente.

Tem dúvidas ou sugestões? Escreva pra gente, será um prazer ajudá-lo.

Fonte: Oftalmologia