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#TamoJuntaJuliana! Mulher xingada após desabafar sobre maternidade recebe apoio e solidariedade no Facebook


Juliana Reis foi banida da rede social por publicar texto sobre maternidade real. Na quarta-feira (17), Juliana Reis publicou no Facebook um desabafo sobre as dificuldades da maternidade. Com um bebê de 40 dias, a moradora de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, passa perrengues para amamentar e para lidar com todos os palpites e pressões de quem se mete na vida de mãe e filho. O texto sincero emocionou muita gente, mas também incomodou algumas pessoas, que usaram o espaço na rede social para atacar e ofender a puérpera. O perfil de Juliana foi banido do Facebook por algumas horas, e durante a noite, ela voltou para a rede social com um novo desabafo.


Para demonstrar apoio a Juliana e aprofundar a debate que ela iniciou, mulheres começaram a compartilhar depoimentos sobre a maternidade real, sem glitter nem pose de propaganda de margarina. Logo, a hashtag #TamoJuntaJuliana ganhou força e se tornou uma maneira de confortar mães que passam pelas mesmas dificuldades e não recebem nenhum apoio e compreensão de pessoas próximas Outras mães criaram coragem para dividir o que sentem. Os desabafos fazem com que mulheres sofrendo porque não conseguem amamentar, ou porque estão exaustas e perdidas diante de tantas novas tarefas, percebam que não há nada de errado com elas.


"(...) Sabe Juliana, como mãe de 3, tive momentos na vida em que eu enfiava o rosto no travesseiro para gritar, extravasar toda aquela angústia sem nome que vivia em meu peito, com dois recém-nascidos a tiracolo. Muitas vezes me culpei por me pegar pensando em como me livrar daquele sofrimento, quando após um parto normal traumático de minha primeira filha, me vi sozinha no maior estilo “quem pariu Mateus que o embale”. Noites sem dormir, dias sem comer. Com peito sangrando, leite empedrado, sem ajuda, sem apoio, sem conforto, não me reconhecendo em meu próprio corpo. Já me desesperei, me envergonhei de meus sentimentos. E adivinha!? Passou!

O tempo e maturidade me ensinaram que somos somente... humanas! E como tal, somos vulneráveis, cheias de defeitos e fraquezas. Toda essa avalanche de emoções, é legítima. É como se vivêssemos um luto. Enterramos a mulher que fomos um dia, para fazer nascer uma mãe. E assim como um parto, rasga a alma, é sofrido, doloroso. E essas sensações dúbias como vc disse “amo meu filho, mas odeio ser mãe”, fazem parte da vida. Te entendo, querida.

Falei tudo isso, para no final das contas resumir em uma só frase: Vc não está sozinha!

Estamos todas no mesmo barco! Cada uma em uma proporção.Cada uma vivendo sua história, em diferentes contextos, mas com o mesmo amor. Te desejo muita força para atravessar este momento, e resiliência! Seja bem vinda à maternidade real! Pq a maternidade fantasiosa, cor de rosa e de mentirinha, podemos deixar para as lendas de facebook e seus grupos de mães mais que perfeitas."

Muitas mulheres ficaram decepcionadas com o julgamento de outras sobre Juliana. "(...)Chamavam minha esposa de louca e quando a Monique resolveu se afastar das pessoas por causa da depressão criticavam ela sem nem saber o motivo do afastamento. 

Hoje uma amiga da Monique postou no Facebook que está vivendo tempos difíceis com a chegada do filho dela. Li alguns comentários e deles percebi que a raça humana é ditatória, que fica cagando regra na máxima que "minha grama é mais verde", é um egoísmo sem precedentes. Afinal é mais fácil julgar do que entender o que o próximo tá passando. A Juliana foi xingada e humilhada publicamente. A Monique foi xingada e humilhada nas rodinhas de conversa e WhatsApp. Quantas mães são xingadas e humilhadas todos os dias?!

Se a sua maternidade foi perfeita e comercial de margarina porque não tenta dar um conselho construtivo pra mães recém paridas? Sou homem mas aprendi com a minha esposa a palavra sororidade. Tá faltando isso entre algumas mulheres. Falta respeito entre o ser humano. Vi minha esposa sofrer o preconceito na pele por causa da depressão pós parto. Passei tudo isso com ela e pretendo passar o que for pela Monique e pela Mia. Depressão não é palhaçada. 

Puerperio também não é. Isso não é frescura de mulher. 

As pessoas cagam regras sobre o que o outro passa. A Internet virou um tribunal aberto, onde todo mundo julga todo mundo sem ter passado por situação semelhante."

"(...) Aprendi a amar minha filha, incondicionalmente. A Mia é meu mundo. No momento em que ela nasceu eu só soube sentir medo. De tudo! Com o tempo esse pavor deu lugar a um amor imensurável. Hoje esse amor anulou qualquer sentimento ruim.

Antes que seja julgada também (mais uma vez, agora, por motivos diferentes) preciso dizer, MULHERES (o post é endereçado únicamente à vocês. Estou decepcionada! Confesso!), que eu planejei a gravidez e sou bem casada. Não foi descuido e não é falta de sexo, como andei lendo. Pra Ju tb não falta amor, apoio e sexo do seu companheiro.
Você é mãe? Seja respeitosa com quem não viveu o mesmo que você.

Eu não tenho culpa de ter me assustado com a maternidade, a Juliana também não. Eu não escolhi ter depressão pós parto e as mães que sofrem pelo mesmo motivo também não.

‪#‎TamoJuntaJuliana‬"

Muitas mulheres se identificaram com o sofrimento de Juliana. Muitas falaram sobre empatia e sororidade . Mais acolhimento também foi um dos pedidos das mulheres engajadas na hashtag .









Fonte: Mulher, Beleza, Gastronomia, Família e Bichos

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