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Automatizando o backup do pendrive no Linux – parte 1



Motivações
Pendrives e cartões de memória são mídias muito populares hoje em dia, e com isso finalmente a mídia conhecida como disquete finalmente foi exterminada dos nossos computadores. No meu caso, ainda existem alguns drives de disquete na casa, mas não são quase usados – nem nos micros clássicos, como o meu MSX Turbo-R, que tem um drive de disquetes (para quê, se eu tenho IDE e leitor de cartões?). Os outros MSXs não tem drives de disquetes simplesmente porque não precisam. Logo, estamos na era da memória Flash, e os drives SSD (Solid State Drive) vem por aí também – mas ainda estão horrorosamente caros, por enquanto.


Cartões de memória e pendrives são baratos (R$ 10 por um microSD de 2 Gb), são rápidos, não mofam, não precisam ter maiores cuidados (como os disquetes tinham), mas… Dão defeito. Toda memória Flash tem um limite de gravações, algo em torno de 10.000 operações se o chip for do tipo  MLC (Multi-Level Cell). Se for do tipo SLC (Single-Level Cell), que é um tipo de memória mais cara, o ciclo aumenta para 100.000 operações. O conector USB suporta, em média, 1500 ciclos de conexão e desconexão.
Logo, um dia eles irão morrer, e não poderemos fazer nada quanto a isso. Aliás, o meu primeiro pendrive, um legítimo Kingston de 512 Mb, adquirido pela inigualável fortuna de R$ 170, faleceu recentemente. O pior disso tudo é que é bem possível que o pendrive morra e você não fez seu backup. Não, não é becape, é backup. Não sabe o que é? Então clique aqui e aprenda. Se já sabe…
Uma das coisas que mais me acontecem na escola é um aluno chegar, com aquele pendrive/tocador de MP3/celular/sei-lá-que-porcaria e querer recuperar um arquivo ou o seu conteúdo. A pergunta óbvia vem imediatamente à ponta da minha língua: “Fez backup?”. Quase sempre, a resposta é não. E usuário é assim mesmo, acha que tudo acontece com todo mundo menos ele.
A boa rotina de backup é aquela em que o usuário a faz e nem sente. Por isso, o uso de caixas postais com IMAP (convencer meu pai a usar esse recurso do Gmail foi demorado, mas compensador), ferramentas de automatização de backups, uso de áreas para hospedagem de arquivos “na nuvem”, entre outros, fazem com que a nossa precaução seja redobrada, e nosso trabalho, dividido pela metade. Um dia escreverei sobre as rotinas de backup empregadas por mim e minha família.

Outra coisa que é muito comum são os pendrives serem contaminados: Um vírus cria um diretório com nome RECYCLER (fazendo alusão à Lixeira do Windows) ou RESTORE (provavelmente o ponto de restauração), copia o seu executável para lá, e salva no diretório raiz do pendrive um arquivo com o nome autorun.inf. No Windows, se a opção de execução automática estiver ligada, significa que esse arquivo será lido e executado, logo executando o arquivo que está nesse diretório (que está oculto na maioria dos casos), contaminando o micro, e por aí vai. A solução é remover o arquivo autorun.inf, o diretório (RECYCLER ou RESTORE), e salvar um arquivo (pode ser em branco) com o nome autorun.inf, de forma que ele não possa ser alterado ou apagado. Isso evita que o pendrive seja contaminado. Existem programas disponíveis na Internet para “vacinar” e “imunizar” o pendrive contra essas pragas virtuais (eta clichezão).
Mas uma coisa é fato: todos nós devemos nos precaver contra o roubo, furto, perda ou dano ocorrido a um pendrive, seja físico ou lógico. E uma das coisas que é necessário, é manter uma cópia atualizada do conteúdo do seu pendrive, a salvo.
Subindo em ombros de gigantes
Antes de tudo, quero indicar dois links para o seu exame:
Este é um post extremamente bem escrito e didático, do blog do Welington Braga, onde ele mostra 3 scripts de backup: Um para Windows (autorun.bat) e dois para Linux (autorun.sh). Esses scripts, em particular, devem ser colocados no diretório raiz do pendrive e salvo com esses nomes. No momento em que você colocar esse pendrive no micro (ou em qualquer outro), o script (ou arquivo batch, como queiram) será executado. O incômodo dessa solução é que o seu pendrive fará cópias de segurança, mesmo que você não queira, em todas as máquinas nas quais o pendrive for colocado.
Este é um post do Dicas-L, escrito pelo Fabiano Caixeta Duarte, com uma solução muito interessante para remover vírus de pendrives. O Fabiano montou essa solução para micros que operam como quiosques: Logo, basta espetar o pendrive na máquina que ela será automaticamente descontaminada. Ele cria uma associação com o subsistema udev (daemon, eu sei) para que quando o pendrive seja colocado na máquina, ele seja imunizado e descontaminado. Só que eu tive problemas para fazê-lo, já que o udev não esperava o pendrive montar para fazer o backup. Deve ser incompetência minha.
Bem, na segunda parte (já pronta na hora em que vocês lerão essa primeira parte), vocês verão o script propriamente dito, e melhor, todo comentado. Espero que seja útil a vocês. Até lá!

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imagem de uma pessoa em frente a tela no notebook com a logo do serviço balcão virtual. Ao lado a frase indicando que o serviço