Sindicato dos Mototaxistas pede aumento da tarifa para R$ 5,00
José Raimundo, presidente do Sicams, reivindicou aumento na Câmara Municipal. Em reunião realizada na semana passada, na Câmara de Vereadores, a diretoria do Sindicato dos Condutores Autônomos de Mototaxistas do Município de Santarém (Sicams) reivindicou o aumento da tarifa dos serviços da classe oferecidos na cidade. Coordenado pelo presidente do sindicato, José Raimundo da Silva, o encontro contou com a presença do presidente da Câmara, Reginaldo Campos (PSB), e o representante da Comissão de Transportes, Rogélio Cebulisk.
Os assuntos debatidos entre os presentes foram o reajuste no preço da tarifa que foi regulamentado no valor de R$ 3,00, no ano de 2009, na gestão da ex-prefeita Maria do Carmo Martins Lima (PT); formatação do novo Conselho Municipal de Transportes e combate aos mototaxistas clandestinos.
Os mototaxistas credenciados de Santarém apresentaram uma proposta de aumento na tarifa dos serviços. A classe quer alteração do valor de R$ 3,00 para no mínimo R$ 5,00. Segundo a categoria, o preço cobrado atualmente de R$ 3,00 não sofre alteração há quase seis anos. A possibilidade de aumento não agrada a população. “Três reais já acho muito, quatro reais, cinco reais e se for um valor maior fica difícil para nós, que somos usuários”, disse a funcionária pública Nazaré Laurido.
“Fica complicado porque Santarém é tão pequena. Por exemplo, eu moro no bairro Jardim Santarém, daria para eu vir pela Silva Jardim, pela Jasmim e chegaria no centro. Então, se é para pagar mais, fica complicado”, ressalta a secretária Derlizane Silva.
O reajuste ainda não foi definido. O vereador Rogélio Cebulisk disse que os mototaxistas aproveitaram e pediram para a Câmara agilizar a votação do Projeto de Lei, que vai regulamentar o serviço de mototáxi em Santarém.
O atraso na votação do Projeto seria o principal motivo para o Sindicato dos Mototaxistas não atender a convocação da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) para a formação do novo Conselho Municipal de Transportes. O Vereador não confirmou, mas alguns representantes de entidades disseram que seria o principal motivo.
Para José Raimundo, o impasse seria com os ajustes e que deveria haver critérios para não prejudicar o maior beneficiário, que é a população.
COMBATE AOS CLANDESTINOS: Durante a reunião, a categoria também reivindicou o combate aos mototaxistas clandestinos. “Hoje, nosso serviço está um pouco solto, mas com essas medidas que vão ser tomadas, eu tenho certeza que a população em breve não vai ter o que reclamar do nosso trabalho”, enfatiza o presidente do Sicams.
José Raimundo informou que outras cidades da região já reajustaram suas tarifas. “Foi o que a gente pediu no momento da negociação com planilha de custo apresentada. Quem pensa que a gente não vê o lado da população em relação à tarifa, não é verdade. Nós vemos sim, o lado da população”, diz José Raimundo.
Quem utiliza o serviço acha que o valor deve ser negociado ou que deve ser implantado o motocímetro nas motocicletas. “Tem de ter um valor oficial. A coisa está bagunçada e parece que ninguém pretende resolver. O motocímetro seria a saída eu acredito”, defende Antônio Santos, vendedor de 36 anos, que usa o serviço pelo menos dez vezes na semana.
Uma coisa é certa, se o valor da corrida de mototáxi for do jeito que o Sindicato está querendo, os mototaxistas clandestinos irão proliferar ainda mais, pois a população não aceitará pagar esse valor e os clandestinos com certeza cobrarão mais barato. Isso sem falar que há denúncias de que alguns mototaxistas legalizados estão cobrando o valor da passagem muito acima do que foi acordado em Lei. O caso deve ser analisado com muito cuidado para que ninguém saia perdendo e que o Ministério Público fique alerta para que a população não seja prejudicada.
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