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Palestras e roda de conversa marcam o Dia Mundial do Câncer no HRBA


Com palestras e rodas de conversas o Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará (HRBA) realizou nesta quarta-feira, 4 de fevereiro, uma programação alusiva ao Dia Mundial do Câncer nas recepções do ambulatório das especialidades clínicas e da oncologia. A programação teve abertura às 10 horas, prosseguiu durante toda a tarde e teve como principal objetivo quebrar alguns dos principais mitos sobre a doença, que segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) deve afetar 576 brasileiros neste ano.

Na programação a equipe de oncologia do HRBA buscou, de forma simples, esclarecer algumas das principais dúvidas dos pacientes em tratamento e também dos usuários e acompanhantes. “Nós procuramos fazer uma dinâmica com os pacientes, uma vez que é através do conhecimento sobre o câncer que as pessoas conseguem se conscientizar sobre os cuidados que devem ter. Esse é um desafio que enfrentamos todos os dias e as palestras repassam esse conhecimento para a população, assim conseguimos alcançar nosso objetivo”, declarou a enfermeira oncológica Janete Aguiar.

Durante as palestras foram distribuídos materiais educativos com informações especificas sobre o câncer de mama que poderá afetar até 57 mil mulheres e também sobre o câncer de próstata, que poderá registrar 69 mil novos casos. “Um dos grandes mitos do câncer é a gente acreditar que isso nunca vai acontecer com a gente, isso é um grande mito e motiva a pessoa a não procurar uma medida preventiva e a pessoa acaba descobrindo a doença em um estado avançado, quando a possibilidade de cura são muito inferiores”, declarou o médico oncologista Carlos Hummes, após falar sobre a importância dos exames preventivos e de rotina.

A enfermeira oncológica Carla Tenório acompanha diariamente a vida dos pacientes que passam pelo tratamento de quimioterapia. Ela falou sobre a importância das palestras “Durante as palestras a gente aborda não só a questão do diagnóstico, mas o direito deles ao tratamento. O câncer tem chances de cura, e neste dia nós procuramos mostrar isso, surgiram muitas perguntas e dúvidas, algumas pessoas ainda questionam se o câncer passa pelo contato e nós sabemos que o contato, o abraço, o afeto, hoje faz parte do tratamento”, enfatizou a enfermeira ao se referir sobre o apoio da família e amigos.

Este ano a programação do Dia Mundial do Câncer buscou quebrar alguns mitos sobre o câncer, entre eles estão:  1) Não é necessário falar sobre o câncer; 2) Não há sinais ou sintomas de câncer; 3) Não há nada que eu possa fazer sobre o câncer e 4) Eu não tenho direito ao tratamento de câncer.

Segundo dados do HRBA em 2013 foram registradas 12.424 consultas oncológicas, 805 cirúrgicas oncológicas, 4.797 sessões de radioterapia, 24.039 sessões de quimioterapia e 198 sessões de braquiterapia, totalizando 42.308 atendimentos. Até outubro de 2014 o número de atendimentos, graças às campanhas de prevenção e sensibilização saltou para 47.805 atendimentos, divididos em 16.565 consultas oncológicas, 720 cirurgias oncológicas, 26.075 sessões de radioterapia e 4.248 sessões de quimioterapia além das 197 sessões de braquiterapia realizados em Santarém.

Atualmente mais de 1,5 mil pessoas são atendidas pelo Serviço de Oncologia do HRBA, pacientes com histórias de vida bem diferentes como a Janaina Stoef, 20 anos, que há seis anos descobriu um câncer na clavícula, um linfoma de Hodgkin. Natural de Rurópolis, a jovem iniciou tratamento na capital do estado e há seis meses foi transferida para Santarém. “No começo a gente fica bem abalada, mas depois acaba tento forças para levar o tratamento em frente. Hoje eu to bem melhor, meu esposo está sempre comigo, quando eu fazia tratamento em Belém minha mãe sempre me acompanhava, e a cada 15 dias a gente vem pra Santarém e ninguém pode desistir. O câncer não é um fim”, declarou a jovem.

O Diretor Geral do HRBA, Hebert Moreschi, citou que um dos maiores avanços na saúde pública da região Oeste Paraense foi à interiorização da oncologia, hoje o HRBA oferta todo o tratamento necessário gratuito para o paciente com câncer.  “Nós temos diversos pacientes que só conseguiam receber o tratamento oncológico sendo referenciado para Belém e até outros centros, para nós é uma grande satisfação recebermos estes pacientes para fazerem o tratamento ao lado dos seus amigos e também familiares. A vinda da oncologia pediátrica, também é outro grande avanço, temos mais de 40 crianças que poderiam estar em qualquer lugar do Brasil e hoje estão em suas casas ao lado da sua família”, falou o diretor que ainda citou a importância do acompanhamento psicológico de toda equipe multiprofissional envolvida no processo assistencial, que faz com que o Hospital Regional seja referencia na assistência de excelência a todos os seus pacientes.








Fonte: Ascom Hrba

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