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Prefeitura quer o fim da greve de ônibus para negociar


Greve de ônibus já dura quatro dias em Santarém
Alexandre Von afirmou que só negociará aumento da passagem de ônibus com empresários quando os rodoviários voltarem ao trabalho.

Santarém - O prefeito Alexandre Von se pronunciou, nesta quinta-feira (16), sobre a greve dos motoristas e cobradores de ônibus, iniciada na última segunda-feira (13), e disse que não vai levar em conta a pressão feita pelos empresários para aumentar a tarifa de ônibus em Santarém.

O prefeito afirmou que respeita a greve, mas a prioridade é o fim do movimento grevista, por meio de acerto entre empresários e trabalhadores. Alexandre Von foi categórico ao dizer que vai cobrar quase R$ 9 milhões que as empresas devem à Prefeitura num acumulado desde 2008, ano em que os empresários deixaram de repassar o Imposto Sobre Serviço (ISS), ao governo municipal. 

“É preciso que as empresas [de ônibus] paguem o ISS, assumam o compromisso de modernização da frota, inclusive adaptando a acessibilidade. Do nosso lado [Prefeitura], é preciso que melhore as condições de tráfego da cidade, e que haja o compromisso de todos nessa cadeia em melhorar a qualidade do serviço no transporte público”, declarou. A cobrança do imposto é apenas um dos fatores levados em conta pela Prefeitura para não aumentar a passagem no momento.

 Para Alexandre Von, a prioridade é o resultado do acordo entre rodoviários e donos de empresas para encerrar a paralisação. “Pauta de negociação com o Município que envolva aumento da tarifa do ônibus, recolhimento de ISS e modernização da frota de ônibus são assuntos que a gente trata quando o serviço de transporte voltar à normalidade”, afirmou o prefeito. 

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Santarém (Setrans), Washinton do Vale, reafirmou que só pode aumentar o salário dos grevistas se houver reajuste na tarifa. Segundo ele, o Setrans reconhece a dívida com a Prefeitura, mas não o valor informado pelo prefeito. “Reconhecemos essa dívida, mas não pagamos o ISS em função desse congelamento.

 Na época, foi colocado de goela abaixo. [...] A questão da frota, como eu já divulguei há um mês e meio atrás, tivemos a presença do cônsul americano, apresentamos o nosso projeto de comprar 60 ônibus novos para Santarém”, declarou.

Enquanto as empresas esperam que a Prefeitura aumente o valor da tarifa, os santarenos continuam na expectativa do fim da greve, que já dura quatro dias. Em todas as paradas de ônibus da cidade, pessoas têm vivido momentos de estresse por causa da demora do coletivo, resultado da suspensão de 70% da frota.

Na pauta da greve, os rodoviários pedem 16% de reajuste salarial, além do aumento da cesta básica de R$ 70 para R$ 120 reais. Numa proposta parcial, os empresários oferecem 6% de aumento, podendo esse valor subir para 8% se a Prefeitura aprovar o reajuste da tarifa, e aumento de R$ 15 sobre o valor atual da cesta básica. Na tarde de quarta-feira (15), houve expectativa sobre o fim da greve, mas os rodoviários resolveram manter a paralisação depois de conversar com os donos de empresas.

Fonte: Notapajos

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