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Conselho de Medicina investiga médicos e clínicas de Santarém


Profissionais do CFM estiveram em Santarém ouvindo acusados. Uma equipe do Conselho Federal de Medicina esteve nos dias 23 e 24 deste mês em Santarém ouvindo depoimento de pessoas que denunciaram médicos e clínicas da cidade, nas dependências do Conselho Regional de Medicina (CRM). Após ouvir as testemunhas de cerca de 14 processos contra médicos e clínicas, o Conselho Federal de Medicina (CFM) abriu procedimentos administrativos para investigar os casos.

Durante os dois dias que a equipe esteve em Santarém colheu depoimentos de pessoas que entraram com recursos no CFM denunciando erros médicos e cobrando soluções por parte do órgão.

Uma fonte informou que foi requisitada pelo CFM para esclarecer uma denúncia de erro médico que aconteceu em Santarém. Ainda segunda a fonte, seu marido há cerca de três anos morreu vítima de imperícia, descaso de um plano de saúde e erro médico, ocasionado por profissionais de Santarém por não diagnosticarem a tempo a doença que seu marido tinha.

Depois de passar por vários exames em Santarém, o trabalhador foi encaminhado para um hospital de Belém do Pará, onde morreu vítima de trombose mesentérica. A negligência médica motivou a família a impetrar uma ação junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

Hoje, essa pessoa afirma que o seu depoimento junto à comissão do CFM pode contribuir bastante para o processo de investigação de erros médicos, principalmente porque teve um parente próximo que morreu por descaso. “Pelas investigações e pelo parecer que foi emitido na hora, possivelmente pode se dizer que houve um pouco de descaso, imperícia ou alguma coisa tanto do hospital que ele estava na época, quanto do plano de saúde e dos médicos que não o atenderam como deviam”, denuncia.

A esposa da vitima reforça que há cerca de três anos procurou a Associação Paraense Contra o Erro Médico (Aspacem) e, que através dos advogados de Belém, fez a denúncia que está sendo agora investigada pelo CFM. Ela explica que são muitos os processo que estão sendo investigados em Santarém por negligência e erro médico.

“Na época da morte do meu marido foi diagnosticado trombose mesentérica. A doença dele começou com dores abdominais. Em Belém foi realizada uma cirurgia e foi constatada trombose mesentérica. Aqui em Santarém, os médicos não conseguiram durante o tempo em que ele ficou internado diagnosticar a doença, o qual veio a óbito”, lamenta.

Nossa equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Assessoria de Comunicação do Conselho Federal de Medicina em Belém, mas não tivemos êxito.

REMÉDIOS DO SUS: Vendas de remédios do SUS em hospitais particulares, entre eles, a Clínica Albany, também estão na mira das investigações do CFM. Dois anos depois de fiscais da Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa), juntamente com representantes do Ministério Público Estadual (MPE), inspecionarem vários hospitais públicos e particulares de Santarém, entre eles, a Clínica Albany e constatar diversas irregularidades, como a venda de medicamentos do SUS em empresas privadas e rachaduras nas paredes dos prédios, a fiscalização deve continuar. Desde o início da inspeção, em abril de 2011, três promotores presidiram o processo, entre eles, a Dra. Maria Raimunda Tavares, a qual iniciou todo o procedimento de investigação. Na época, houve a constatação de que empresas privadas estavam vendendo remédios do SUS, o qual deveria ter sido distribuído gratuitamente à população, sendo a Clinica Albany apontada como um dos mentores da irregularidade.

A ação foi determinada pela promotora estadual Maria Raimunda Tavares, para proceder a averiguação das condições sanitárias que visam checar as estruturas e a qualidade da prestação de serviço de toda rede hospitalar de Santarém, tanto pública e privada.

A procuradoria do Ministério Público Federal (MPF) também foi acionada sobre as denúncias, principalmente quanto à comercialização de remédios do SUS. O MPF, por meio da Assessoria de comunicação, na época, informou a inexistência de denúncia desse teor junto a Instituição. O MPF destacou que independentemente da existência de denúncias, o órgão entraria em contato com o MPE para propor atuação conjunta e troca de informações em relação à fiscalização das unidades de saúde em Santarém.

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