Jornalista de tecnologia passa um ano sem internet
“Eu estava errado. Um ano atrás, eu deixei a internet. Eu pensava que a internet estava me deixando improdutivo (...) Eu pensava que isso estava 'corrompendo a minha alma'”, disse. “Faz um ano desde que ‘naveguei pela web’ ou ‘acessei meu e-mail’ ou curti qualquer coisa de forma metafórica em vez de usar polegares reais. Eu consegui ficar desconectado como havia planejado. Eu estava livre da internet”, continuou.
No texto, Miller conta que, às 23h59 do dia 30 de abril de 2012, ele desligou o cabo da internet, descontectou a rede Wi-Fi e trocou seu smartphone por um mais simples. “Foi muito bom. Me senti livre”, disse.
Porém, ele conta que, após os primeiros meses de euforia e de descobertas novas longe da internet, ele começou a fazer as mesmas escolhas erradas fora da web. “Eu abandonei meus hábitos off-line positivos e descobri novos vícios off-line. Em vez de transformar o tédio e a falta de estímulo em aprendizado e criatividade, eu me voltei ao consumo passivo e ao recuo social”, conta Miller.
“As escolhas morais não são muito diferentes sem a internet. Coisas práticas, como mapas e compras off-line, são fáceis de se acostumar”, disse. “Mas sem a internet é mais difícil de encontrar pessoas. É mais difícil fazer uma ligação do que enviar um e-mail. É mais fácil enviar uma mensagem do que ir à casa de alguém. Não que estes obstáculos não podem ser ultrapassados. Eu os ultrapassei no primeiro momento, mas não durou muito”, contou o jornalista.
Para concluir, Miller disse que a internet não torna as pessoas solitárias e estúpidas, como muitos textos o fizeram acreditar. “A internet não é uma busca individual, é algo que fazemos uns com os outros. A internet é onde as pessoas estão”.
Fonte: G1
Nenhum comentário
Postar um comentário